A novidade são três obras pintadas recorrendo apenas a café derramado em toalha de papel, numa alusão ao espaço de cafetaria do Maratona. Transitam a pintura “100/Sem Aquistas”, feita a pincel e com café e vinho, numa alusão ao termalismo caldense, e duas outras de origem abstrata a partir da mesma conjugação do vinho com o café derramados sobre papel texturado. “Estou convicto de que a arte se torna possível através de todas as formas de produção, que encontram suporte e plena liberdade de expressão e ação. Nesta técnica, há sempre da minha parte a tentativa de descoberta do processo de passagem do abstrato ao figurativo, quando finalizo cada obra. Diria que parto do abstrato para criar algo com acrescido caráter simbólico e expressivo”, descreve Jorge Mangorrinha. “Coloco toalhas de papel na mesa e sem objetivo prévio e com movimentos bruscos o material é lançado com espontaneidade. A partir de uma relação corporal com a pintura, talvez estas obras sejam gestuais e performativas, na sua produção, talvez sejam pintura de ação. Há liberdade, subjetivismo, improvisação e espontaneidade”, relatou o autor, que é pós doutorado em turismo e doutorado em urbanismo, professor em turismo e quadro superior da Câmara Municipal de Lisboa no pelouro do urbanismo.
0 Comentários