Inaugurada durante as cerimónias de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, a instalação “Cravos de Croché”, criada pela Universidade Sénior Rainha D. Leonor, tornou-se numa espécie de peça artística interativa, com várias pessoas a retirarem do mural alguns dos cravos.
Na inauguração, a vereadora Conceição Henriques explicou que a instalação é constituída por 2600 “cravos” em croché. Tendo em conta que estiveram envolvidas 60 alunas, no total “foram 2600 horas de trabalho”, referiu, “o que demonstra o envolvimento generoso que as alunas tiveram para conseguir desenvolver esta árdua tarefa em dois meses”.
A autarca contou como foi observando a realização deste trabalho, com as criadoras a fazerem-no de uma forma muito entusiástica. “Os cravos simbolizam, por isso, não só a liberdade, mas também o trabalho das pessoas envolvidas que se unem por um objetivo comum”, referiu.
“A nossa Universidade Sénior é uma entidade da qual nos devemos orgulhar muito”, adiantou a responsável. Atualmente a universidade tem cerca de 400 alunos e 30 professores.
Quando os cravos começaram a desaparecer, a Câmara das Caldas colocou sinalética a proibir, mas nem isso demoveu as pessoas.
“Sabíamos que corríamos o risco de isto acontecer, mas não tão depressa”, comentou o presidente da Câmara, Vitor Marques.
O próprio edil caldense observou do seu gabinete a naturalidade com que as pessoas chegavam e retiravam-nos.
Perante este ato, que não é associado a vandalismo e sim a uma vontade de todos terem o seu cravo em croché, a autarquia quer agora que a Universidade Sénior faça uma nova instalação, para aproveitar a estrutura.
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