“Um colega nosso já se suicidou e nós não queremos fazer o mesmo”, manifestou António Catarino, vendedor do ramo do calçado, da Benedita, que foi recebido pelo vereador Pedro Raposo.
“Os grandes espaços estão a trabalhar normalmente e nós estamos fechados em casa há dois meses. Deram-me um cheque de 124 euros da Segurança Social e não posso vender nada”, lamentou, revelando que a reunião na Câmara foi “construtiva e vão analisar os problemas para podermos trabalhar”.
Segundo António Catarino, a delegação de saúde e a Câmara iam verificar se havia condições para os dois mercados voltarem a funcionar, mesmo com restrições.
“O Mercado de Santana tem 400 vendedores e nas Caldas há mais de 100. Queremos trabalhar, com máscara e gel. Temos de ganhar dinheiro”, referiu, sublinhando que até agora os feirantes “não provocaram desordens e estão pacificamente a querer resolver as coisas”.
Sustentando haver espaço nos dois mercados para os vendedores manterem o distanciamento necessário, António Catarino indicou que no caso do Mercado de Santana poderá ser possível o regresso com os vendedores de fruta, de frango em take away e de pintos, numa primeira fase, e gradualmente com os restantes comerciantes.
No final da reunião nos Paços do Concelho os vendedores deram várias voltas à Praça 25 de Abril, buzinando os carros de forma simbólica, para marcar a concentração realizada, que foi acompanhada pela PSP.
0 Comentários