A minha intenção, pura e simplesmente, era só avisá-la que eram 9:00 horas e que a aula dela já tinha começado há 40 minutos. Nem sei como é que o namorado dela entrou lá em casa, visto que não ouvi a porta a bater e que o Rodrigo não é propriamente o Homem-Aranha para trepar três andares. Mas isso pouco ou nada interessa, o que interessa é que da próxima vez não me preocuparei muito com ela, e deixá-la-ei chegar atrasada (prevenindo assim uma guerra civil como a que aconteceu quando eu os interrompi)!
No dia seguinte, após tal acontecimento, não achei que a minha vida não fosse melhorar. Mas mesmo assim dirigi-me à reunião de delegados e subdelegados (não tinha opção, pois era minha função como delegado da minha turma). O objetivo da reunião era faltar às aulas, porém, o motivo oficial era eleger o presidente da associação de estudantes (algo que nós fizemos, pelo menos acho que o fizemos…).
A reunião foi exatamente como eu tinha imaginado, um desperdício colossal de tempo. A salvação da reunião, e da semana em geral, foi o Pedro. Quando os extenuantes 90 minutos passaram, e eu encontrava-me na escada em direção à saída do auditório, ele (naquele momento um perfeito desconhecido para mim) cumprimentou-me e disse: “Olha, o resto do corpo não sei nem quero saber, mas essa cara, de 1 a 20, 100!”. Depois sorriu para mim e provavelmente teria continuado a sorrir se uma amiga dele não o tivesse chamado. Será que ele disse só para gozar comigo, ou era suposto ser um piropo? Deseja-me sorte diário…
José Gustavo Torre
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