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Novo Hospital do Oeste – a grande golpada

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A presidente da Câmara de Torres Vedras veio defender os interesses do seu concelho, iludindo a opinião pública com falsos argumentos, inclusive alegando uma suposta quebra de unanimidade no seio da OesteCim, que na verdade nunca existiu e o anterior presidente da Câmara das Caldas da Rainha deve ser disso testemunha, penso eu. Também alega que os presidentes das Câmaras de Caldas, Óbidos e Rio Maior, misturaram questões técnicas com políticas. Não se misturam, é isso? Pois bem.
Rui Gonçalves

A presidente da Câmara de Torres Vedras veio defender os interesses do seu concelho, iludindo a opinião pública com falsos argumentos, inclusive alegando uma suposta quebra de unanimidade no seio da OesteCim, que na verdade nunca existiu e o anterior presidente da Câmara das Caldas da Rainha deve ser disso testemunha, penso eu. Também alega que os presidentes das Câmaras de Caldas, Óbidos e Rio Maior, misturaram questões técnicas com políticas. Não se misturam, é isso? Pois bem.

1 – “Esticar” o território de abrangência do novo hospital do Oeste para sul, incluindo freguesias do concelho de Mafra, é introduzir um dado falso no estudo de localização, com a intenção de o manipular e “puxar” para sul o resultado. Nunca aquelas populações foram utentes do CHO, porque têm respostas hospitalares bem mais próximas e bem mais capacitadas do que o hospital de Torres Vedras. A introdução deste elemento é uma forma de deturpar centralidades e distâncias. Esta é uma questão de vital importância, uma vez que sem a introdução das freguesias em causa, a centralidade é muito mais próxima da localização defendida pelos municípios de Caldas, Óbidos e Rio Maior, do que qualquer outra.

2 – Decidir a localização de uma nova unidade hospitalar, sem ter em consideração a distância entre o novo hospital e as unidades já instaladas no território, só é aceitável por lapso grave, ou por intencionalidade de distorção do resultado e isto é batota. A localização defendida pelos municípios de Caldas, Óbidos e Rio Maior, na encruzilhada da A8 com a A15 e o IP6, dista 65 km ao hospital de Leiria, a oferta mais próxima a norte, 67 km ao hospital de Loures, a oferta mais próxima a sul e 54 km ao hospital de Santarém. As localizações apontadas pelo estudo em questão, arrastam a localização do futuro hospital do Oeste mais de 20 km para sul, aproximando-o de Loures e afastando-o de Leiria, ou seja, passará a estar a 47 km de Loures e a 85km de Leiria e a isto chama-se, fraude. Sabendo-se que os hospitais de Leiria e de Santarém estão esgotados e sabendo-se que a sul, existem ofertas de hospitais públicos muito próximas de Loures, como Vila Franca de Xira ou Lisboa, muito menos se percebe a omissão desta questão no estudo elaborado. As populações a sul do território têm alternativas que a norte não existem.

3 – Em Torres Vedras existem três unidades de saúde privadas, que têm protocolos com o SNS em várias vertentes e que funcionam como alternativas aos hospitais do estado, alternativas que não existem a norte da região. As populações a sul estão claramente favorecidas. 

4 – A “coesão territorial” fica onde? Diz a autarca de Torres Vedras, que o seu concelho é o mais populoso da região a ser servida pelo novo hospital e é verdade e também é o mais próximo da capital e respetiva área metropolitana, onde se concentram a maior e melhor oferta de cuidados de saúde. A opção de construir um novo hospital mais próximo dessa região, mais apetrechada e mais populosa, é um erro básico no que diz respeito à defesa do povoamento do interior, atentando claramente contra a tal “coesão territorial”. Todos os dias se debate esta questão, mas na hora de decidir, o lema é: “ouçam o que nós dizemos, ignorem o que nós fazemos”. E já agora o que tem a dizer, por exemplo, a ministra da coesão territorial sobre esta matéria? É no mínimo estranho que para decidir a localização e uma infraestrutura de vital importância para o território e para a vida das pessoas, com um custo de mais de cem milhões de euros, baste um estudo.

5 – As acessibilidades são determinantes na decisão da localização de um hospital e num momento em que se estão a investir muitos milhões de euros na eletrificação da linha do oeste, é obrigatório que o novo hospital seja servido diretamente por essa infraestrutura e é o caso da localização oferecida pelos municípios de Caldas da Rainha, Óbidos e Rio Maior, que cumpre esse requisito. 

A autarca de Torres Vedras, que vem em defesa do seu concelho como lhe compete, usa os argumentos que fizeram um estudo com premissas erradas, levando a conclusões desastrosas para as populações e para a coesão territorial. Torres Vedras utilizou o Bombarral como mera barriga de aluguer, para um desiderato que sabe interessar exclusivamente ao seu concelho, que será de facto o único a ganhar com o novo hospital localizado na sua proximidade.

Torres Vedras usou os bastidores do partido socialista a seu favor, sempre lestos a privilegiar os municípios dos seus autarcas, em prejuízo das outras populações.

Quanto ao silêncio ensurdecedor dos municípios da Nazaré e de Alcobaça, compreende-se o da Nazaré, por obediência rasteira ao partido, mesmo sabendo que está a prejudicar a sua população, não se entende o de Alcobaça, sabendo de antemão que está a prejudicar os seus munícipes. É a tal política sem dignidade.

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