Neste mundo de negócios onde imperam os riscos e as incertezas, cada passo que damos é pautado por limites, bandeiras vermelhas, prazos, angústias, vários tipos de pressão e falhas, muitas falhas.
Após cerca de 17 anos nesta caminhada de empreendedor, nunca conheci um colega que não enfrentasse algum tipo de falha. Esta realidade inevitável leva-me a refletir sobre: Até quando vamos julgar e evidenciar os erros de quem tenta empreender?
Gosto de pensar que um dia, vou ter a coragem de convidar amigos e de me aproximar de outro amigo que falhou a tentar empreender, para juntos celebrarmos esta falha com humildade, sinceridade e na mesma mesa encontrarmos outra solução para esta falha.
Não temos dúvidas que um dia todos vamos falhar, mas parece que existe em nós uma vontade natural de olharmos de lado para o erro dos outros.
Cada erro cometido por alguém que deu o seu melhor, mesmo que o resultado não tenha sido o esperado, merece reconhecimento. Decididamente nós não estamos habituados a isto. Mas estou totalmente consciente que afinal, o falhanço de hoje pode ser o pilar do sucesso de amanhã. No fundo acredito cada vez mais que devo cultivar uma melhor reação em relação ao erro do meu próximo.
Talvez, se mudássemos nossa perspetiva sobre o falhanço e começássemos a respeitar mais estes momentos, estaríamos a abrir portas para um ambiente de trabalho mais acolhedor e inovador.
É neste espírito e compromisso de respeito pelo erro do outro, pela diversidade de pensamento e cultura que caminhamos no Prontos
A coragem de tentar, mesmo diante de tantos riscos é valorizada, acreditamos que um ambiente colaborativo de suporte, longe da performance, onde o ser é mais importante que o parecer, é fundamental para transformar falhas em degraus para o sucesso.
Desculpa Fernando Pessoa, eu sei que provavelmente não estavas a pensar nisto, mas respeitar o falhanço do outro é ousado para quem nada se atreve.
“Tudo é ousado para quem nada se atreve.” – Fernando Pessoa
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