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Para que serve a Cultura?

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Recentemente desfrutámos da excelente notícia da criação da Biblioteca António Lobo Antunes, na freguesia de Benfica, em Lisboa, a ser instalada no antigo edifício da Fábrica Simões (Simões & Cª Lda., 1907-1987). Depois da recuperação do imóvel, abandonado por mais de trinta anos, o seu destino só poderia ser o cultural, desejo antigo dos moradores de uma freguesia que conta com, aproximadamente, 37 mil pessoas, e possui, também, dois outros importantes espaços, o restaurado Palácio Baldaya (com uma excelente biblioteca) e o Auditório Carlos Paredes.

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Recentemente desfrutámos da excelente notícia da criação da Biblioteca António Lobo Antunes, na freguesia de Benfica, em Lisboa, a ser instalada no antigo edifício da Fábrica Simões (Simões & Cª Lda., 1907-1987). Depois da recuperação do imóvel, abandonado por mais de trinta anos, o seu destino só poderia ser o cultural, desejo antigo dos moradores de uma freguesia que conta com, aproximadamente, 37 mil pessoas, e possui, também, dois outros importantes espaços, o restaurado Palácio Baldaya (com uma excelente biblioteca) e o Auditório Carlos Paredes.

Esse novo polo deverá ser inaugurado no ano de 2024, com a totalidade do espólio literário doado pelo citado autor à cidade de Lisboa, ocupando dois pisos, numa área total de 1.850m2, além de ser dotado de um recinto multiusos com uma galeria de arte e, ainda, o “Espaço António Lobo Antunes”, no conjunto, será uma estrutura que dignificará o nome de um dos melhores escritores europeus e valorizará, ainda mais, a Capital de Portugal.

O curioso é que esse investimento, presumivelmente, não terá uma avalanche de público leitor, pois as bibliotecas em Portugal – devido ao facto da geração atual de possíveis “clientes” estar “agarrada” às redes sociais e “embrulhada” em feéricas e ocas querelas, acerca do “desenvolvimento” do Minecraft, e dos demais modelos de entretenimento virtual – estão com uma frequência muito baixa.

Já nas Caldas da Rainha, utilizando um argumento de merceeiro, o executivo camarário cancela o único evento que transporta o nome do concelho ao exterior, o World Press Cartoon.

Ao expor, divulgar, distinguir e premiar os melhores cartoons editoriais, caricaturas e desenhos de humor, patenteados nos meios de comunicação à escala mundial, esse mesmo executivo estaria a permitir a manutenção da transposição do nome do concelho para todos os quadrantes do planeta, uma divulgação da marca “Caldas da Rainha” que não possui dinheiro que pague.

“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” (Albert Camus, 1913-1960).

Nas Caldas da Rainha, qualquer tipo de criação/divulgação cultural é considerada despesa, hipotecando, assim, o futuro do concelho. Tornando-o pequeno, mesquinho, voltado para dentro.

Então, para que serve a Cultura? Filosoficamente é um somatório de tendências, de processos criativos, de méritos materiais que simultaneamente às grandezas morais salientam um povo ou sociedade. Através dela conseguimos perceber as nossas emoções e os nossos pensamentos tornam-se fluidos e organizados. Ajuda-nos, inclusive, a compreender o que é a memória e, por efeito dominó, a respeitar a história dos que nos antecedem, melhorando, assim, numa tentativa que deve ser diária, os nossos atos futuros perante a nossa comunidade.

A Cultura serve, também, para aguçar o olhar crítico, para ajudarmos a construir a aldeia, vila ou cidade onde nos inserimos, de um modo objetivo, sem patranhas politiqueiras. Serve, igualmente, para contestar e renovar-nos na procura das utopias que nos permitem devanear para lá do espectro do nosso ser.

Por último, e não menos importante, a Cultura serve para que a Democracia esteja sempre em expansão, permitindo a construção civilizada da mentalidade humana, em prol do benefício comum. Ajudando a evitar, assim, o desrespeito aos Direitos Humanos, afinal “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

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