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Perder o hospital seria uma machadada terrível

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Foi divulgado recentemente que o estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste para análise da melhor localização para um futuro novo hospital do Oeste indica como local privilegiado o concelho do Bombarral.

Foi divulgado recentemente que o estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste para análise da melhor localização para um futuro novo hospital do Oeste indica como local privilegiado o concelho do Bombarral.

Face ao que se ia ouvindo nos “corredores” a indicação do concelho do Bombarral não é surpresa. E representa em si uma enorme vitória para concelho do Bombarral e para a teia de influência política que este, e em especial o seu presidente de Câmara, e o PS local, foram fazendo.
Não querendo colocar em causa a honestidade intelectual de quem fez o estudo, todos sabemos como é que estas coisas se passam. O resultado do estudo é uma consequência dos critérios que foram indicados. E não existem coincidências. Se o concelho do Bombarral fosse ainda do PSD e dos “manos Barreiras Duarte” alguém acredita que a localização indicada seria o Bombarral? Só mesmo os politicamente mais ingénuos acreditariam.
Mas atenção, esta não é uma decisão final. A existir decisão, esta será da responsabilidade do Ministério da Saúde.
Caldas perdeu uma enorme batalha, mas ainda existe uma réstia de esperança.
Numa análise fria, no que diz respeito ao concelho de Caldas da Rainha, perder o hospital seria uma machadada terrível. Uma perda de autoestima, uma desvalorização do território, uma elevada perda económica de todas as atividades relacionadas com o hospital, e uma degradação dos serviços de saúde no concelho, quando nem sequer existe uma alternativa credível privada na cidade.
Em termos políticos, esta decisão apenas demonstra a irrelevância e a falta de força e influência política de Caldas da Rainha. E esta é transversal a todas as forças políticas.
Ao Vamos Mudar e ao presidente Vítor Marques, apesar do ainda pouco tempo de mandato, terá de ser atribuída a responsabilidade de não ter conseguido trazer para seu lado os outros concelhos oestinos, e não ter tido o desassombro de ter encomendado um estudo também de entidade credível, para demostrar as virtualidades do concelho de Caldas da Rainha.
Ao PSD, poder durante muitos anos, também deve ser assacada a responsabilidade de não ter tido a capacidade de influência política junto dos governos, ainda que socialistas.
Quanto ao PS Caldas, a responsabilidade é grande. Sendo o PS governo a nível nacional, o PS Caldas tenderia a ser o interlocutor privilegiado para a pressão e defesa do concelho de Caldas da Rainha. E pese embora o PS Caldas tenha até representação na Assembleia da República, viu-se ultrapassado pela concelhia do Bombarral.
Mas também existem responsabilidades da população. Ainda há poucas semanas, por iniciativa da Comissão de Utentes do Hospital, foi efetuada uma manifestação a favor da melhoria das condições do hospital de Caldas. Porém, apenas cerca de cem pessoas estiveram presentes. Sem mobilização popular, não é fácil pressionar o poder central.
E agora? Agora é hora de arregaçar as mangas. É fundamental congregar todas as forças partidárias do concelho de Caldas da Rainha, sem exceção, para todos contestarem o resultado do estudo. Juntos, sem divisões somos mais fortes. Juntos podemos ter a força política e a influência que não tivemos antes. E, claro, é necessário trazer a população para este desígnio.

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