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Foz do Arelho na rota de crimes associados ao “Rei Ghob”

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A Foz do Arelho é referenciada como estando associada a crimes praticados por Francisco Leitão, conhecido por “Rei Ghob”, o sucateiro de Carqueja, Lourinhã, acusado de quatro homicídios. Uma das testemunhas de acusação, Mara Pires, que cumpre pena de cinco anos e meio de prisão por roubo, rapto e agressão de um homem, prestou depoimento […]
Foz do Arelho na rota de crimes associados ao "Rei Ghob"

A Foz do Arelho é referenciada como estando associada a crimes praticados por Francisco Leitão, conhecido por “Rei Ghob”, o sucateiro de Carqueja, Lourinhã, acusado de quatro homicídios. Uma das testemunhas de acusação, Mara Pires, que cumpre pena de cinco anos e meio de prisão por roubo, rapto e agressão de um homem, prestou depoimento à porta fechada no Tribunal de Torres Vedras, onde Francisco Leitão está a ser julgado. Segundo a agência Lusa, fonte ligada ao processo descreveu que Mara Pires contou que a 20 de junho de 2010 se deslocou de jipe com o arguido e com uma das vítimas, Ivo Delgado, “a um local isolado repleto de árvores na zona da Foz do Arelho”. “Francisco Leitão terá agarrado numa barra de ferro da parte da frente do veículo de marca Mitsubishi Space Star”, desferindo-a na cabeça de Ivo Delgado. Meteu a vítima no banco de trás do carro, seguindo em direção a Caldas da Rainha, seguido por Mara Pires com o seu carro. Em vez de cortarem a caminho do hospital, para onde Mara Pires pensava que iam, o arguido conduziu-os até uma cabana localizada numa zona junto ao cemitério de Nossa Senhora do Pópulo, na cidade de Caldas da Rainha, onde a testemunha ainda viu sangue na vítima, mas já não a ouviu a respirar. Chegados ao local, os três eram esperados por “João da Rolote”, amigo de Francisco Leitão, que se afastou com a testemunha no sentido de se ir embora, tendo regressado ao local, alegadamente para ambos enterrarem o corpo, acontecimento a que Mara Pires já não assistiu”, relata a Lusa, citando a descrição que Mara Pires terá feito ao Tribunal. O jornal Correio da Manhã revela uma versão diferente, dando conta que, segundo Mara Pires, o “Rei Ghob” discutiu com Ivo Delgado na Carqueja e agrediu-o quando o jovem com quem se teria envolvido sexualmente disse que queria abandoná-lo. “’O Rei Ghob’ deu com a grelha de um jipe Mitsubishi na cabeça de Ivo e deixou-o inanimado. Ao ver o que tinha feito, Francisco Leitão ofereceu-se para levar a vítima ao Hospital das Caldas da Rainha, mas tomou o caminho da Foz do Arelho e junto a uma cabana já havia um buraco feito. “João da Rolote” foi buscar Mara e Ivo nunca mais apareceu”, descreve o jornal. O certo é que, independentemente da localização, as escavações e as buscas pelo corpo de Ivo Delgado e das outras vítimas revelaram-se infrutíferas. Jovens confirmam abusos sexuais Quatro jovens que frequentavam a casa de Francisco Leitão também prestaram declarações em tribunal na ausência do arguido, tendo em conta que a presença deste poderia “prejudicar a espontaneidade dos seus depoimentos”. A sala de audiências esteve fechada aos jornalistas e ao público em geral. Os menores seriam drogados e, sob esse efeito, vítimas de abusos sexuais pelo arguido, segundo um outro inquérito em segredo de justiça no Tribunal da Lourinhã. A presidente do coletivo de juízes, Maria Domingas, leu ao arguido os resumos dos depoimentos das quatro testemunhas, que confirmaram que ainda na altura em que eram menores de idade foram obrigados a ter relações sexuais com Francisco Leitão. Um dos jovens, Diogo, explicou que Francisco Leitão intimidava as vítimas sob o pretexto de encarnar espíritos bons e maus. Para isso, precisava de “passar energia” aos menores, através de relações sexuais mantidas “de quatro em quatro dias” com cada um deles, drogando-os para o efeito. A defesa de Francisco Leitão tentou afastar algumas suspeitas e reenviá-las para outras pessoas que não estão indiciadas. Quando depôs a mãe de uma das alegadas vítimas, foram tornados públicos os maus-tratos que esta recebia do homem com quem estivera casada, levantando a possibilidade do homem ter motivos para matar. A mãe contou em tribunal que a filha era vítima de constantes espancamentos por parte do ex-marido. A testemunha, lembrando o processo de separação, disse mesmo que o ex-genro ameaçara matar a jovem. Mesmo com as acusações de alegados maus-tratos, voltaram a adensar-se novas suspeitas relativamente ao sucateiro. A mãe da jovem que terá sido assassinada por ter começado a namorar com um rapaz que já fora amante de Francisco Leitão revelou que a filha lhe dissera saber algo que poderia comprometer o arguido. Francisco Gomes

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