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Crianças recebem explicações sobre as obras na Lagoa de Óbidos

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A vice presidente do INAG, Ana Seixas, esteve na Foz do Arelho por causa dos alunos da escola básica da vila e aproveitou para dizer que o instituto está empenhado em realizar a segunda fase das dragagens, mas aguarda pela disponibilidade do Orçamento de Estado. “Atualmente está a decorrer a intervenção de emergência mas falta […]
Crianças recebem explicações sobre as obras na Lagoa de Óbidos

A vice presidente do INAG, Ana Seixas, esteve na Foz do Arelho por causa dos alunos da escola básica da vila e aproveitou para dizer que o instituto está empenhado em realizar a segunda fase das dragagens, mas aguarda pela disponibilidade do Orçamento de Estado. “Atualmente está a decorrer a intervenção de emergência mas falta outra. Não consigo dizer com rigor qual é a data dessa fase. Estamos em janeiro e o Orçamento de Estado demora algum tempo até entrar em funcionamento. Há verbas mas ainda não temos autorização para iniciar este procedimento. Temos o projeto previsto e não sei dizer nada, porque para esta obra estivemos até ao último dia para conseguir fazer. Esta intervenção foi mesmo à última da hora, porque desistimos de outros projetos para a conseguirmos fazer. O INAG está empenhado para a fazer obra na Lagoa de Óbidos”, afirmou, sem explicar quais foram os projetos que se deixaram de realizar. Ana Seixas explicou que o estudo que está a ser feito em termos de intervenção global é o Plano de Gestão Ambiental da Lagoa (PGAL), que prevê a dragagem da zona da embocadura, de um canal principal. “É o que estamos a fazer. A ideia é que a troca de água na Lagoa e a transferência de sedimentos seja feita com alguma força, porque normalmente entram e depois já não saem os sedimentos. O PGAL prevê dragagens de outros canais, que vai até às cabeceiras da Lagoa. Estamos a programar as outras dragagens, que foram objeto de estudo de impacto ambiental, que estão a ter esse acompanhamento e vai ser feito o projeto de execução este ano, para depois se continuar com as dragagens”, revelou. Quanto à deposição de dragados, Ana Seixas não soube explicar em que ponto está o diferendo entre as autarquias, porque se trata de um estudo que está sob alçada do Instituto Português do Ambiente, na avaliação de impacte ambiental. “Nós já dissemos que não havia problema nenhum e estava tudo bem, desde que nos digam onde se podem depositar”, manifestou. Ana Seixas mostrou-se espantada com o facto de alguns eleitos da assembleia municipal das Caldas por mais do que uma vez terem dito que não sabem o que está a ser feito na Lagoa. “Veio cá a ministra e o secretário de Estado do Ambiente, estiveram os presidentes de Câmara e de Junta e foi feita uma apresentação”, referiu. De qualquer forma mostrou-se disponível em explicar aos políticos locais o que está a ser feito neste momento. “O INAG tem sempre disponibilidade para explicar tudo, porque tenta fazer as coisas de forma mais transparente. Tenta fazer as coisas sempre de uma forma sempre muito suportada do ponto de vista técnico, com o LNEC e IPIMAR, e nós temos sempre respondido a deputados na assembleia da república”, comentou. A vice presidente do INAG frisou que “a Lagoa é um sistema lagunar, o maior do país e tem tendência a acabar, e nós estamos aqui a tentar contrariar esta situação”. Quanto aos trabalhos que estão a ser desenvolvidos, Rui Pinho, diretor da obra na empreitada dos Irmãos Cavaco, disse que a conclusão da obra será entre os dias 4 e 14 de março. Atualmente estão a trabalhar cerca de trinta pessoas, das quais quatro são locais, que estão divididas por turnos de modo a que a obra esteja concluída nos prazos. Cláudio Brás, da Sofareia, empresa subempreitada, disse que contratou “quatro pessoas para trabalhar nas máquinas e marinheiros. É uma forma de dar trabalho ao pessoal da região e para nós também é bom”. Rui Pinho explicou que a empreitada consiste na dragagem de 350 mil metros cúbicos de areia no canal de desassoreamento de dois quilómetros. “O grande objetivo, para além da manutenção do ecossistema da Lagoa, é também deslocar a aberta para norte no sentido de contrariar a evolução recente da erosão na margem sul da lagoa que estava a colocar em risco as habitações junto às arribas. Estamos a dragar um canal com a profundidade de 3,5 metros na maré mais alta e um metro na baixa. Tem uma largura entre os 70 e os 45 metros”, disse. Para o técnico Cláudio Brás só no final se terá a real noção do trabalho efetuado, apesar de dizer que já se nota maior troca de água. “Só depois da obra concluída teremos noção do seu real impacto, mas já se nota bastante quando a lagoa baixa, que baixa mais do que antes. Há mais troca de águas. É um canal que terá dois quilómetros que vai da aberta até 500 metros a montante do cais”, disse. A opção de colocar três dragas em laboração surge pelos prazos serem apertados e porque é necessário dragar 350 mil metros cúbicos de areia, que vão ser colocados na margem sul, na zona norte e no cordão dunar. Os trabalhos em janeiro atingiram quase metade do programado, apesar da fixação da embocadura ter sido a que tem maior visibilidade. Quem se mostra satisfeito com o andamento da obra é Fernando Horta, presidente da junta de freguesia, que reforçou a sua teoria de um inverno rigoroso e corrosivo para a Foz do Arelho. “Lutamos muito para que isto fosse possível. O tempo veio dar-nos razão, porque vamos ter um inverno muito complicado. Com esta intervenção a praia vai reunir condições excelentes”, indicou. Fernando Horta considerou positiva a presença do INAG junto dos alunos, na tentativa de os sensibilizar para a importância da Lagoa. “Temos de sensibilizar os alunos nestas idades para a importância da lagoa, porque a melhor garantia que podemos ter de defesa da lagoa é sensibilizar já as crianças para esta questão”, disse. Porém, o autarca já não acha bem que o INAG não responda ou compareça com a mesma rapidez quando é solicitado pela junta. Justificando a sua presença na Foz do Arelho por causa das crianças, Ana Seixas considerou importante esta visita, porque são os mais novos os portadores de novas visões para o sistema lagunar. “Foi o presidente da Junta que nos contactou e que fez a ponte entre a escola e o INAG. Os miúdos fizeram perguntas muito interessantes. Isso dá-nos a possibilidade de perceber o que eles esperam de nós. Eles são o futuro e quanto mais informados estiverem melhor”, afirmou a engenheira. Carlos Barroso

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