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O Natal nos quartéis dos bombeiros

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Como eles existem muitas pessoas que trabalham na noite da consoada e no dia de Natal. Mas estes homens e mulheres acabam por ser diferentes, porque fazem este trabalho de forma voluntária. Na ronda que fizemos pelos bombeiros do Oeste a noite foi animada com a presença de comandantes e quadros directivos, assim como as […]
O Natal nos quartéis dos bombeiros

Como eles existem muitas pessoas que trabalham na noite da consoada e no dia de Natal. Mas estes homens e mulheres acabam por ser diferentes, porque fazem este trabalho de forma voluntária. Na ronda que fizemos pelos bombeiros do Oeste a noite foi animada com a presença de comandantes e quadros directivos, assim como as famílias de alguns elementos. Para Rui Faria, com 44 anos, trabalhar no dia de Natal “é normal”, uma vez que este foi mais um na carreira que leva de 25 anos como bombeiro nas Caldas. “Já perdi a conta aos natais que fiz. Mas o mais importante é que para não sacrificar sempre os mesmos, a escala roda e uns anos calha a um, no ano seguinte calha a outro”, disse. Rui Faria, que este ano trabalha também no dia de Ano Novo como profissional do INEM, considera em 2012 “vai haver muitas dificuldades, mas a nível pessoal e profissional desejo que tudo corra melhor”, disse. Tiago Silva, de 21 anos e bombeiro desde Maio deste ano, passa pela primeira vez um Natal a trabalhar de forma voluntária, mas ainda assim confessa ser uma experiencia diferente. “É bom estar aqui e poder levar as pessoas para casa para que passem o Natal junto das suas famílias. Foi esse o serviço que fiz até agora e para mim foi muito gratificante”, declarou. No quartel dos bombeiros de Óbidos este Natal houve três estreias. Rodolfo Ramos, de 17 anos e bombeiro há dois, sente “algumas dificuldades” por trabalhar no dia de Natal porque está longe da família, apesar de considerar que no quartel de Óbidos “é como uma família”. Outra estreante foi André Duarte, de 19 anos, que declarou que “é um pouco difícil porque sou dado ao Natal e gosto de estar com a família. Não ligo muito à passagem de ano, mas o Natal para mim é muito importante”, confessando que a noite de consoada “foi passada um pouco ao telefone”. A terceira estreante foi Daniela Carvalho, de 19 anos, que também sentiu saudades da família e do conforto do lar, mas mostra-se agradada com a experiencia. “Os bombeiros aqui são espectaculares. Compomos uma família e isso é muito importante”, sublinhou. Um veterano nas noites e dias de Natal é António Ventura, de 46 anos, que aproveita os bombeiros de Óbidos e o seu ambiente para colmatar a solidão. “Já fiz muitos natais, mas de há dois anos para cá opto por passar aqui o Natal sempre. Troco com os meus colegas chefes de piquete, porque eles têm família e infelizmente estou sozinho e a minha família são os bombeiros. Sinto-me bem aqui junto dos meus camaradas”, disse o bombeiro há 26 anos. António Ventura mostrou-se também “disponível” para a passagem de ano no quartel, para assim “estar acompanhado”. Como desejo este operacional pretende que “a classe política olhe mais para a instituição dos bombeiros”. Nos bombeiros de Peniche, Stephanie Sandad, de 19 anos, passa um natal no quartel sem qualquer preconceito. “O Natal é um dia especial. É um dia para estar junto da família, mas ao estar aqui, estamos sempre disponíveis para ajudar alguém e isso é muito importante”, referiu. Como mensagem de ano novo, a jovem bombeira deseja que a palavra “crise” acabasse. “As pessoas pensam demasiado na crise. A situação que vivemos é também porque passam sistematicamente na televisão notícias sobre a crise. As pessoas assim não deixam de pensar na situação em que vivemos. A palavra ‘crise’ deveria deixar de existir do dicionário e vocabulário português”, disse. Telmo Moldes, de 34 anos, apontou que passar o natal nos bombeiros não é mau. “Passar com a família é óptimo, mas estar aqui também é bom porque os bombeiros são uma família. Sinto-me bem e há uma boa camaradagem. Só sinto falta da minha própria família, mas aqui estamos bem”, sustentou. Na base da SIV de Peniche, uma enfermeira e uma tripulante da ambulância de suporte imediato de vida trabalharam o dia de Natal e apesar de estarem longe da família encararam este dia como normal na escala de serviço. “Custa deixar a família, mas a nossa segunda família é aqui. Lá em casa porque trabalhamos por turnos acabam por ser compreensivos e aproveitamos sempre os outros dias em que não trabalhamos para estarmos juntos”, disse a enfermeira Joana Luís de 27 anos Como mensagem de ano novo a enfermeira pediu “muita coragem, calma e que todas as pessoas se juntem para que o país seja mais produtivo. Acho que devemos mostrar as forças que temos escondidas para sairmos desse ambiente que vivemos”. A sua colega, a tripulante de ambulância de emergência, Tânia Leal, de 33 anos, frisou que trabalhar no dia de natal, “é um dia igual aos outros”. Já como mensagem de Ano Novo pediu para os portugueses “serem mais optimistas, porque vivemos numa época complicada. Compreendo que para quem tem menos vai agravar, mas durante o ano de 2012 teremos de todos levantar a cabeça porque isto vai melhorar. Temos de ser optimistas e ter esperança”. João Paulo, de 42 anos, bombeiro no Bombarral, há 28 anos, indicou que apesar de ser um dia especial, os bombeiros levam sempre familiares para o quartel e “acaba por ser passado da melhor forma”. No quartel dos bombeiros da Benedita o dia de Natal foi mais movimentado, uma vez que só apanhámos dois bombeiros de serviço no quartel, já que todos os outros se encontravam em serviços externos. João Pedro e Liliana Santos foram os dois jovens bombeiros que estavam naquele quartel, com o rapaz a ser o estreante neste tipo de situações. Para João Pedro, de 20 anos, e que está há mês e meio na recruta, “não é um problema estar longe da família”, porque também a sua profissão a isso o obriga por vezes. O jovem apelou a que a população em 2012 “tenha mais cuidado com a alimentação, tenha mais atenção aos jovens e que estes tenham mais atenção à condução para evitar os acidentes”. Carlos Barroso

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