José Soares completou cem anos no passado dia 24 e passou a estar ligado à Biblioteca Municipal da Nazaré, equipamento que fica com o seu nome, na sequência da homenagem prestada pela autarquia nazarena ao autor de várias obras dedicadas à sua terra.
“O percurso de José Soares da Conceição justifica esta singela homenagem”, disse Walter Chicharro, presidente da Câmara, sobre o homem que tem dedicado a vida à partilha de conhecimento.
Nascido a 24 de maio de 1922 na Nazaré, José Soares tem uma longa atividade dedicada ao estudo da sua terra natal.
Foi intérprete/rececionista municipal no Posto de Informação Turística da Nazaré e na atividade cultural teve um papel relevante na reativação da Biblioteca da Nazaré, fazendo parte da então comissão administrativa, assim como na colaboração da preparação da coleção que viria a integrar o espólio do atual Museu Dr. Joaquim Manso.
A sua estreia na escrita aconteceu em 1960 com a obra “Ventania”. Seria a primeira de muitas publicações, para além de abordagens viradas para a investigação histórica. Teve, também, uma breve incursão pela pintura de cariz experimental, de que resultaram alguns trabalhos.
“José Soares é, para todos nazarenos, um exemplo de dedicação à cultura, à promoção da mesma, e acima de tudo à pesquisa, rebuscando no passado as histórias”, disse Manuel Sequeira, vice-presidente e vereador com o pelouro da Cultura, considerando José Soares “uma das maiores figuras da cultura do nosso concelho”.
O homenageado agradeceu a presença de todos numa sessão “de cariz cívico e cultural de atribuição do nome de um munícipe à Biblioteca Municipal da Nazaré”, sublinhando que “não tinha como recusar”, mas assumindo ser apenas “um cidadão que dedica amor à sua terra”.
“Serei o santuário da cultura do livro e do pensamento da Nazaré”, prometeu.
0 Comentários