Rui Gomes, vendedor de Sintra
“Este voltar às feiras é pouco estranho confesso, mas temos que nos adaptar a esta nova realidade”, referiu o vendedor, que há mais de doze anos frequenta a feira das Caldas para vender calçado. Além deste mercado, o comerciante também frequentava outros, que “durante estes dois meses estiveram encerrados”, e por isso teve de recorrer às suas poupanças e aos apoios para poder sobreviver durante este “tempo de pausa”.
Apesar da clientela e de algum movimento, Rui Gomes referiu que “neste primeiro dia há poucos negócios”. “Na verdade, existem pessoas, mas negócios na realidade nem por isso”, apontou o comerciante, mostrando-se confiante nas próximas feiras.
Manuel Galinha, vendedor de Turquel
“Comparado com outros tempos, hoje somos poucos vendedores”, apontou o vendedor de material de agricultura, que juntamente com a sua esposa referem que já sentiam “saudades de frequentar o mercado semanal, sem falar do desejo de voltar a vender os nossos produtos”.
Durante dois meses, o casal de feirantes teve a sua carrinha parada na garagem de casa, “e hoje, finalmente ela voltou ao serviço”. Apesar da pouca clientela, Manuel Gomes mostrou-se satisfeito por voltar a ver os seus clientes habituais, que “também tinham saudades de vir ao mercado semanal”, disse o feirante.
Nelson Fidalgo, vendedor do Painho
Quem também já tinha saudades deste ambiente era Nelson Fidalgo, que juntamente com a sua mãe marca presença semanalmente, “há mais de vinte anos na feira das Caldas”. Para o feirante do Painho, “isto é uma espécie de família, pois todas as semanas convivemos uns com os outros”.
Além de vender nas feiras, o comerciante também vende todo o tipo de utensílios para a casa, num pequeno espaço comercial que possui na freguesia do Painho, e que “foi a nossa forma de sustento durante estes meses de confinamento”. Contudo, “não é a mesma coisa que as feiras”.
José Reis, vendedor de Torres Vedras
“Já tinha saudades desta agitação e estou surpreendido com afluência das pessoas que hoje estão aqui. Nem parece que estivemos três meses parados”, apontou José Reis, vendedor de produtos hortícolas, que além da feira semanal das Caldas da Rainha, também frequenta outras há mais de 30 anos.
Com o encerramento das feiras, o comerciante teve de optar por alugar um espaço comercial na zona onde vive para conseguir escoar os seus produtos e equilibrar as suas despesas. Contudo, “não é a mesma coisa pois fazia-me falta esta azáfama de feira e até a gritaria das vendedoras”.
Zita Delgado, vendedora de Turquel
“Claro que tinha muitas saudades da feira semanal das Caldas, apesar de conseguir vender os animais em outras feiras, que estiveram abertas durante este tempo, como foi o caso da Malveira, Pataias e Alcobaça. Caso contrário, não podia trabalhar”, apontou Zita Delgado, vendedora de animais.
Para a feirante, “o primeiro dia está a correr muito bem, as pessoas já sentiam saudades de vir ao mercado às segundas- feiras”. Igualmente disse que “não fazia sentido a feira estar encerrada visto que se realiza ao ar livre e com a devida distância social entre bancas”. “Considero não haver nenhum perigo aqui, desde que as pessoas tomem as devidas precauções”, esclareceu.
João Palma, vendedor da Benedita
Apesar de não ser vendedor todo ano na feira semanal das Caldas, João Palma fez questão de marcar presença com os seus brinquedos, no dia de reabertura do mercado. “Hoje como era a reabertura da feira tinha de vir”, frisou o vendedor, que durante estes três meses de confinamento esteve com a sua atividade parada em casa. “Assim sempre se vende alguma coisa, apesar das pessoas estarem mais reticentes”, disse.
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