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Descerrada placa identificativa do monumento ao 16 de março

Francisco Gomes

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Para assinalar a revolta de 16 de março de 1974 nas Caldas da Rainha foi descerrada nesta terça-feira uma placa identificativa junto ao monumento alusivo em frente à Escola de Sargentos do Exército. A Câmara lamenta que a data não tenha maior evocação nacional.
O presidente da Câmara das Caldas junto à placa descerrada

“A história da instauração da democracia portuguesa passou por aqui”, pode ler-se na placa descerrada pelo presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, e pelo comandante da Escola de Sargentos do Exército, coronel Luís Simões, na presença do escultor Santa-Bárbara, autor do monumento, dos vereadores Maria da Conceição e Luís Patacho, do presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, Vítor Marques, e do diretor do Centro de Artes das Caldas da Rainha, José Antunes.

“É uma data muito importante para a democracia portuguesa. Foi um golpe percursor do 25 de abril, que acabou por influenciar a realização da revolução que trouxe a liberdade ao nosso país”, manifestou Tinta Ferreira.

O autarca frisou que “foi das Caldas que saiu esse golpe e não deixamos de o comemorar, procurando lembrar os militares que participaram nesse movimento e alertar o país para a importância desta data, que no nosso ponto de vista podia ser mais valorizada com comemorações pelo Estado”.

“Mas nós cá estamos reconhecidos aos militares do 16 de março que puseram as Caldas na rota da liberdade do nosso país e temos sempre um conjunto de iniciativas. Em contexto de pandemia não quisemos deixar de assinalar com o descerrar de uma placa que identifica o monumento que temos aqui”, apontou o presidente da Câmara.

A placa tem a data de 2020, uma vez que era para ser descerrada no ano passado, quando o início da pandemia da Covid-19 não tornou possível. O autarca disse ao JORNAL DAS CALDAS que a proposta de criação de um centro interpretativo do 16 de março, apresentada em 2014 pelo PS, não está esquecida, mas aguarda melhor oportunidade.

O golpe das Caldas de 16 de março de 1974 foi uma tentativa de derrube do regime do Estado Novo, que embora não tendo sido bem sucedida abalou o sistema político e militar vigente, conduzindo à revolução de 25 de abril.

Os militares do Regimento de Infantaria 5, integrados no Movimento das Forças Armadas, imobilizaram o comandante e saíram de madrugada em direção a Lisboa. Uma vez chegados à entrada da capital foram avisados que estavam sozinhos e voltaram para trás. Chegaram às Caldas da Rainha pela manhã e estiveram cercados até à hora de almoço, tendo vários militares sido presos.

Aprendida a lição das Caldas, que foi fundamental para o desenrolar das operações, no dia 25 de abril deu-se o golpe vitorioso que restabeleceu a paz, a liberdade e a democracia em Portugal.

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