Uma “Menina do alto da Serra”, com uma “Flor de verde pinho” no cabelo, chegou, alegre, ao “Jardim” dos “Sonhos Mágicos”.

Numa das mãos segurava um balão e dizia:

“Sobe, sobe balão, sobe” (!), “Não sejas mau para mim”… Na outra mão, um papagaio de papel fazia-a cantar, a espaços, o “Dai-li-dou”(“papagaio voa”!). Saltando, pulando e cantando, lá continuou, divertida nos seus momentos de folguedo, até ter reparado que num recanto perto do coreto, sentados num banco e trocando carícias, lá estavam “Ele e Ela”. A menina, curiosa, aproximou-se sem se fazer notar, para ouvir o que diziam.

Ele, com um ar de “Conquistador”, apaixonado, disse: “Penso em Ti, eu sei”!

E, pegando na viola que havia levado consigo, começou a tocar, dizendo-lhe: ouve “Esta balada que te dou”, sem ser em “Playback”! De seguida, cantou-lhe: “Love is on my side”… Ela ouviu embevecida, como se estivesse a “Chamar a música” e no final, exultante, disse: “O meu coração não tem cor” e este só pode ser “Um grande, grande amor”! Ele respondeu: “Só sei ser feliz assim” e ofereceu-lhe uma “Flor sem tempo”.”Se eu te pudesse abraçar”(…), sussurrou-lhe ao ouvido, antes de erguer as mãos em “Oração”, tendo-lhe rogado: vamos transformar este “Amor de água fresca”, qual “Cavalo à solta” em “Lusitana Paixão”, numa verdadeira e terna “Festa da vida”. Ela retorquiu: “Quero ser tua” e percorrer “Todas as ruas do amor”. Gosto tanto de ti que vou “Amar pelos dois”!

Depois de ouvir atentamente esta conversa de namorados, a menina afastou-se, acenando com o balão e o papagaio de papel que segurava nas mãos, dirigindo-se para o portão de saída, “Antes do adeus”,, que já eram horas de regressar a casa…

“E depois do adeus” ainda gritou, sorrindo para o par apaixonado: “Voltarei”! Lá continuou, satisfeita, o caminho, pensando que: “Há dias assim” e que “Sempre, há sempre alguém” que nos faz sentir “Portugal no coração”… Afastou-se feliz, “Nas asas da sorte”. Por fim, alegre e saltitante, exclamou: “Bem bom”!

“A Vida é um Festival”!

Nota – Texto construído a partir de títulos de algumas das canções que fazem parte da história do Festival RTP da Canção e marcaram, ao longo de várias gerações, as nossas vidas.