Desta forma, emerge no Orçamento de Estado para 2021 a esperança de que sejam tomadas medidas para responder às necessidades dos portugueses nesta crise económica fruto da crise pandémica. O Governo achou que a solução passaria por pactuar com “birras, reivindicações e chantagens”, conduzindo assim a um OE com menos apoios para as famílias, para as empresas e para a manutenção dos postos de trabalho. Como era de prever, o PSD votou contra a proposta de OE para 2021 e pela voz do Presidente do PSD, Rui Rio, afirmou durante o seu discurso no encerramento do debate na generalidade: “Distribuir o que se tem por quem mais precisa, e´ justo e merece o nosso apoio e incentivo. Mas distribuir tudo ao mesmo tempo – o que se tem e o que se não tem – e´ empenhar o futuro e enganar as pessoas. E´ dar a falsa ilusão de uma facilidade que não e´ real e que, mais tarde, poderá ter de ser paga com desnecessário sofrimento”.
Assim, é notório o esquecimento por parte do Governo do momento em que vivemos, pois, o OE ajuda muito pouco face à dimensão dos problemas económicos que detemos. Este não dá apoios às empresas, não aposta no emprego e aumenta até o salário mínimo nacional enquanto os empresários lutam pela sobrevivência. Portanto, o PSD apresentou 91 propostas de alteração ao OE em que os objetivos seriam: melhorar a estratégia de Saúde Pública, dar respostas à ausência de medidas de estímulo à recuperação economia e reforçar a Coesão Social e Territorial do país.
Enquanto formada em economia e políticas públicas, a meu ver, o caminho apropriado do OE seria pelo alívio da carga fiscal, pela distribuição social com critério o que vai ao encontro das propostas do partido social-democrata, mas o Governo prefere que o OE não passe de propaganda política ilusória.
Concluo assim que, com o OE para 2021 aprovado segue a mesma linha de governação socialista nos últimos anos em que se distribuiu e não se investiu e tal como o presidente do partido social-democrata refere a fábula da cigarra afirmando que “ o Governo cantou e dançou sem cuidar do futuro” e com isto quero dizer que não precisávamos de uma crise económica proveniente de uma crise pandémica para perceber que o futuro não se prevê, mas prepara-se.
Agora, temos de lutar contra esta crise de saúde pública e proteger-nos, mas não podemos descurar a economia portuguesa pois é dela que o país vive e que nós vivemos.
0 Comentários