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Patrícia Manique quer voltar a dinamizar o vitrinismo no comércio

Marlene Sousa

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A caldense Patrícia Manique quer voltar a dinamizar o vitrinismo no comércio tradicional das Caldas da Rainha. Escolheu a decoração de montras pela paixão e “estilo de vida livre” e também porque sempre envolveu a sua vida. Do pai, Filipe Manique, herdou o nome, a profissão e sobretudo a criatividade e o dever de colocar uma montra atrativa, valorizando o espaço da loja.
Patrícia Manique herdou a paixão pela decoração de montras

Durante anos Filipe Manique, que faleceu em 2014, espalhou o seu talento pelas lojas da cidade e do país, promovendo com a sua sensibilidade estética o negócio de cada comerciante, valorizando espaços e transformando-os criativamente. Ganhou vários concursos de montras dinamizados pela Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO).

Patrícia Manique recorda os tempos de auge do centro do comércio tradicional das Caldas, há cerca de 30 anos, quando as “pessoas faziam filas para as lojas”. “Faziam-se montras para o dia da mãe, para o dia do pai, para todas as celebrações temáticas, agora basicamente é só para as diferentes estações do ano”, explicou, acrescentando que “havia comerciantes que compravam roupa só para a decoração da montra”.

Considera que o comércio tradicional das Caldas “está vivo, mas precisa de estratégia publicitária expondo o seu produto de forma mais atrativa”. “Quem nunca reparou numa montra bonita e que se diferencia das outras? Quem nunca se sentiu tentado a entrar numa loja por ver uma montra atrativa?”, questionou.

Patrícia Manique viveu a sua infância entre os vários objetos cenográficos criados pelo seu pai para decorar as montras. Entre 1995 e 1996 desempenhou com o decorador Filipe Manique as funções de auxiliar e aprendiz. Admirava o pulso com que o seu pai dava vida a uma montra. Depois da morte do seu pai herdou alguns objetos que ele criou para a decoração. Outros são criados por ela com o mesmo dom e talento. Apesar dos tempos difíceis decidiu seguir a mesma direção que o seu pai. “Eu não quero que a profissão morra, porque uma montra atrativa é o cartão de visita da loja”, apontou.

A vitrinista disse que “em tempos de crise é um serviço que os comerciantes excluem por pensar que é dispendioso. No entanto não é tão caro como imaginam e maioria das vezes o investimento é compensado”.

Montras atrativas dão vida à rua

“Montras com arte e criatividade dão mais vida a um local”, salientou, defendendo “a criação de uma nova dinâmica de valorização e atração de visitantes ao centro histórico das Caldas para lá do período normal de funcionamento do comércio tradicional local”. “Se as montras na cidade estiverem bonitas e diferentes as pessoas têm mais tendência de sair até para fazer uma caminhada para ver as novas decorações”, contou.

Ser vitrinista/decorador de loja, não é, segundo Patrícia Manique, meramente “arrumar o espaço”. “É muito mais do que isso, é dar uma identidade para que tenha bom desempenho”, salientou.

De acordo com a decoradora, o que está exposto dentro da loja, assim como na montra, deve ser pensado para ser “estético”. “A exposição dos produtos é importante e o profissional de vitrinismo tem que “estudar a marca, conhecer o consumidor e definir estratégias de exposição dos produtos dentro e fora da loja”, adiantou.

“Quando decoro uma montra faço a moda”, declarou, revelando que é uma “arte temporária e que tem que ser mudada”.

Defende curso de vitrinismo na ESAD.CR

Além das Caldas, Patrícia Manique já deu formação na área em vários locais do país. Foi formadora em vitrinismo na Escola Profissional Cristóvão Colombo.

Participou no “Caldas Late Night”, evento artístico organizado por alunos da ESAD.CR, em 2017, com uma proposta em homenagem ao pai, que fazia 71 anos a 1 de novembro.

Apesar de trabalhar noutra área, a decoradora caldense continua a decorar lojas nas Caldas, nomeadamente a Mercearia Pena, o Termas Café, Denize cabeleireiro e no natal faz o embelezamento do restaurante Afinidades, Capristanos e Casa da Sorte. “O Rui da Bernarda é um mecenas da arte aqui nas Caldas, não só apoia o meu trabalho artístico como apoia outros artistas com a exposição dos trabalhos nos seus estabelecimentos”, contou.

Defende que seja criado um curso de vitrinismo na Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), que seria uma mais valia para a região e país. “É muito difícil viver só da arte e este curso liga a cultura à vertente comercial”, apontou, acrescentando que a profissão agora tem o nome de “visual merchandising”.

Além da experiência no ramo, Patrícia Manique fez o curso de Decoração de Interiores, de Imagem e Apresentação do Produto em Eventos, Autocad – 3D (Desenho Assistido por Computador), entre outros.

Patrícia Manique pode ser contactada através do Facebook ou Instagram com o nome “Mistura” (Patrícia Filipa Manique) ou através do telemóvel 966 235 098.

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