Porque a pandemia ainda dá origem a exigências incontornáveis, o hotel situado nas Caldas da Rainha reabriu com rigorosos procedimentos de higiene, porque “agora a palavra de ordem é a segurança”. Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o proprietário do hotel, Fernando Lúcio, disse que se prepararam para a reabertura com “pequenas obras de melhoramento, colocação de acrílico nos balcões, colocação de vários doseadores de álcool gel e o uso de máscara obrigatório para funcionários e clientes”.
Para este empresário vai ser um ano difícil. Temos esperança de conseguir recuperar uma parte, mas sabemos que não vamos conseguir ter os níveis que eram esperados para este ano”, afirmou o responsável.
As perspetivas apontavam para que em 2020 “houvesse um recorde de turismo nas Caldas e no Oeste, mas a Covid-19 parou tudo”, manifestou.
Fernando Lúcio revelou que “tinha o hotel praticamente esgotado na altura de alguns dos eventos que iriam decorrer nas Caldas, como o campeonato de artes marciais, campeonato internacional de badminton, entre outros, que foram todos cancelados”.
“Até a crise pandémica ter levado a sucessivos adiamentos e cancelamentos, a taxa de ocupação rondava na altura de eventos entre os 85 e os 90%, apontou.
“Este hotel não depende apenas da época alta do verão, nós felizmente temos durante o ano uma ocupação razoável de empresários e representantes de empresas nacionais e estrangeiras”, disse o responsável.
No verão costumam receber “turistas portugueses e estrangeiros”, mas apesar de já terem reservas para julho e agosto a perspetiva é uma redução significativas de clientes”.
Apesar dos custos acrescidos com os novos equipamentos e materiais, a responsável disse que foi decidido “manter as tarifas que estavam a ser aplicadas para este ano, até porque não são altas”, mas irá fazer algumas campanhas promocionais para captar mais pessoas.
Em março quando encerraram o hotel, os cerca de 25 colaboradores estiveram em regime de lay-off. “Agora com a reabertura voltaram e esperamos que haja mercado”, adiantou.
Este ano o empresário espera mais portugueses porque acredita que “vão fazer férias em território nacional devido à situação pandémica que o país e o mundo atravessam”. Também é da opinião que o Oeste, uma zona “diversificada e com tranquilidade”, pode ser “uma alternativa a grandes cidades”.
Neste momento Fernando Lúcio abriu o restaurante do hotel, que tem esplanada com o serviço à la carte. O Novo Milénio (restaurante do Caldas Interna¬cional Hotel) não vai abrir ainda até porque o serviço de buffet não é aconselhado e também não pode haver eventos com muitas pessoas, como festas, casamentos, entre outros.
“Temos de passar a mensagem que somos um sítio seguro e diversificado com praias de areal grande por perto, até porque agora há um mercado de concorrência interno muito forte”, manifestou.
O empresário recordou que o Novo Milénio foi remodelado em 2019, num investimento próximo de 500 mil euros.
Fernando Lúcio, que é proprietário do Caldas Internacional Hotel há onze anos, tem como objetivo requalificá-lo para que passe de três para quatro estrelas.
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