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Óbidos prepara medidas de apoio a empresas e famílias

Marlene Sousa

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Humberto Marques, presidente do Município de Óbidos, está a trabalhar em “vários espaços e em muitas frentes, aproveitando ao máximo as tecnologias para poder estar em cima do acontecimento” e ajudar a população local face à situação de emergência de saúde pública decretada.
Humberto Marques, presidente do Município de Óbidos

O autarca respondeu a algumas questões do JORNAL DAS CALDAS.

JORNAL DAS CALDAS – Para além das medidas já tomadas no concelho, agora depois do decreto do estado de emergência o que mudou em Óbidos?

Humberto Marques: Para além do que já foi anunciado, reforçámos as medidas, nomeadamente com a suspensão dos velórios e suspensão de todas as missas e outras atividades de culto e restrição da permanência de um máximo de dez pessoas em funerais, onde se recomenda a não abertura da urna.

Vamos também permitir que a leitura da água consumida seja fornecida pelos consumidores por via telefónica ou via eletrónica. E vamos, igualmente, potenciar a partilha de recursos, equipamentos e serviços entre o Município, o Parque Tecnológico e a empresa municipal Óbidos Criativa, para além de todas as medidas já anteriormente anunciadas e divulgadas.

J.C. – Concorda com a declaração do estado de emergência nacional e as restrições impostas pelo Governo?

H.M.: Dadas as circunstâncias, e mesmo com o grande comportamento cívico por parte dos portugueses, naturalmente que concordo.

J.C. – Estão a pensar a criar um hospital de campanha?

H.M.: Essa é uma decisão que caberá às autoridades de saúde. A Câmara Municipal de Óbidos é um parceiro e fará tudo o que estiver ao seu alcance para ir ao encontro das necessidades da população. Nesse sentido, já temos dois espaços reservados para o efeito, em articulação com as entidades, e ficaremos a aguardar que a entidade de saúde nos diga se será necessário. Esperemos que não!

J.C. – Sabe se existe algum infetado com a Covid-19?

H.M.: Até agora, não nos foi reportado, pela entidade de saúde, qualquer caso no território de Óbidos.

J.C. – A vila de Óbidos recebe milhares de visitantes. Essas excursões foram proibidas? Como estão a fazer a gestão dos turistas?

H.M.: A nossa recomendação é não virem. Em todo o caso, os operadores têm, amiúde, feito algumas paragens em Óbidos por sua própria iniciativa. Com a entrada em vigor do Estado de Emergência, estamos em crer que tudo isto terminará.

J.C. – Concorda com as medidas do Governo para apoiar as empresas?

H.M.: Naturalmente que concordo, pese embora considerar que é apenas um sinal face à real necessidade de apoio às empresas e, consequentemente, ao trabalho. Esta situação está a colocar o mundo à prova e, acima de tudo, a nossa forma de estar. Apesar disso, o mundo não pode parar e nós, eleitos, decisores, representantes da população, temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a economia continue a funcionar. As pessoas dependem disso e não podemos baixar os braços.

J.C. – Além das medidas do Governo de apoio às empresas o Município tem algum plano para ajudar a minimizar os prejuízos das empresas instaladas no concelho de Óbidos?

H.M.: Estamos, neste momento, a desenhar um conjunto de medidas de apoio, quer para empresas, quer para famílias, o que pode condicionar futuros investimentos que estavam previstos. Mas, como disse anteriormente, as pessoas estão, obviamente, primeiro.

J.C. – Face à quebra de rendimentos dos munícipes, a autarquia tem algum plano? Por exemplo, estão a estudar a hipótese de famílias e as empresas do concelho ficarem isentas do pagamento da água?

H.M.: Estamos a desenhar essas medidas. As decisões não podem ser tomadas de ânimo leve. Há muitas variáveis a equacionar, sendo que, independentemente de tudo, o resultado desta equação será sempre melhorar a vida das nossas populações. Estamos empenhados nisso.

J.C. – Que mensagem quer passar à população nesta altura difícil?

H.M – Este é um momento particularmente difícil, em que todos, sem exceção, somos chamados a agir, seja de forma individual, seja de forma coletiva, num combate difícil e desigual. Mas sinto que temos gente de fibra, com muita energia, conscientes e responsáveis, capazes de vencer esta luta. Por isso deixo uma mensagem de esperança, em nome dos que mais precisam de nós, para que substituam o medo pela confiança, o desânimo pelo ânimo de ganhar, a sensação de incapacidade pela vitória, o cansaço pelo vigor. Se todos formos capazes de o fazer, não tenho dúvidas de que venceremos esta luta invisível e desigual.

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