Tradição multicultural da região, que remonta à época medieval e que Gil Vicente usou em 1529 no Auto do Triunfo do Inverno, “A Serração da Velha” representa a expulsão e morte de longo período de agruras do inverno, escuro e frio, e de penitência quaresmal, com personificação numa velha, abrindo assim caminho para a primavera. Esta iniciativa popular é recriada todos os anos em Caldas da Rainha, num programa de animação chamado “Tradições da Vila”, onde os ranchos etnográficos do concelho trazem à cidade uma manifestação cultural de importância turística. É ainda usada em várias zonas do país como objeto de crítica social às pessoas mais velhas da aldeia, apontando comportamentos censuráveis e outras vezes até elogiando. “A Serração da Velha” é feita por um grupo de homens e rapazes, armados de cortiços e serrotes, gaitas de foles, campainhas, latas e chocalhos. Para reprovação dos maus comportamentos é desejada a morte, que simbolicamente se personifica na queima de uma boneca na fogueira. Como resposta, alguns dos visados reagem com azedume, dando troco à algazarra. Outros abrem a porta e convivem com a rapaziada.
“A Serração da Velha” candidata às 7 Maravilhas da Cultura Popular
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