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Quinta da Foz

Investimento superior a 200 mil euros para criar experiências turísticas memoráveis

Francisco Gomes

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História e natureza juntas para proporcionar uma experiência turística diferente numa quinta criada no século XVI. É o que estão a procurar fazer os proprietários da Quinta da Foz, alvo de um projeto de requalificação que visa modernizá-la sem desvirtuar a sua identidade e tornar o espaço num local perfeito para se passarem momentos memoráveis na Foz do Arelho.
A cadela Foz, raça Grand Danois, é a anfitriã junto ao portão de entrada

A Quinta da Foz está dedicada ao turismo de habitação desde 1990. No ano passado começou a implementar um conceito ligado à vertente do alojamento com interesse patrimonial e histórico conjugado com experiências turísticas ambientais a dois, com amigos ou em grupo.

O cenário em redor é encantado por pavões, rãs, imensos pássaros, cavalos, abelhas, gansos e patos, grilos, lagartixas, joaninhas, pirilampos, um burro e muitos outros animais. No interior, respira-se história, que se funde com a da povoação da Foz do Arelho.

António Vaz Bernardes, cavaleiro da casa real, adquiriu em 1568 a Quinta da Foz, que ao longo dos tempos foi palco da estadia de vários reis (D. Sebastião, D. João V e D. Carlos I). Em 1581, o rei Filipe I instituiu o morgadio na propriedade (que também era conhecida como Quinta de Nossa Senhora de Guadalupe, santa cuja imagem se encontra na capela particular da quinta), a única construção no lugar que se viria a denominar Foz do Arelho, ou seja, a povoação desenvolveu-se em torno da quinta, que possuía bastantes terras à sua volta, ocupadas inicialmente para cultivo por agricultores e posteriormente para a construção de habitações. Num morgadio, como era usual na época, esta cedência era feita sob a forma de pagamento de foros.

A propriedade passou de geração em geração, até chegar ao proprietário atual, Francisco Paiva Calado, cujos filhos estão apostados em dar um impulso a este espaço.

Aproveitando a história da casa com 450 anos, o meio envolvente natural, a praia e o mar, quer-se reestruturar e aumentar a capacidade de alojamento e melhorar as condições atuais de conforto, alojamento e privacidade, sem perder a identidade que a carateriza. As obras, num investimento superior a 200 mil euros, dos quais cerca decem mil euros comparticipados pelo Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego, estão em curso e deverão terminar em maio.

Implicam a remodelação de quatro quartos com capacidade até oito pessoas e posteriormente de um espaço que funcionará como sala de pequenos-almoços, sala de estar ou reuniões, e de dois apartamentos com quarto, sala, cozinha e casa de banho – cada um para quatro pessoas.

Ficará com capacidade total de 16 camas, com possibilidade de camas extras para crianças.

Enquanto que os apartamentos serão um espaço mais convidativo para grupos, os quartos possibilitam o convívio com a família Calado, que reside no imóvel histórico, onde a decoração está repleta de peças, móveis e documentos antigos, e onde há três salões enormes e lareiras aconchegantes.

Em redor estão doze hectares de zonas naturais para passear, dois hectares de plantas aromáticas em modo de produção biológica, várias charcas e um picadeiro coberto.

Pretende-se criar uma narrativa turística para visitantes e hóspedes, independentemente da marcação ou não de dormida.

Na Quinta da Foz haverá muito para viver e apreciar, desde espetáculos com aves de rapina, atividades de apicultura nas colmeias e degustação de mel, workshops de tiro com arco, piqueniques românticos gourmet na natureza, roteiros vínicos, provas de chás biológicos e bolinhos regionais, pequenos-almoços inesquecíveis e outras experiências, envolvendo vários parceiros da região. Algumas destas atividades foram iniciadas no final de setembro do ano passado.

“São experiências com ligação com o espaço. Podiam ser feitas em qualquer sítio, mas no contexto deste espaço, a experiência ganha um contorno diferente, com pessoas interessadas em natureza e história, sendo muito transversal em termos de faixas etárias”, aponta Francisco Paiva Calado, filho do proprietário, que tem o mesmo nome do pai.

“Procuramos complementar a estadia e que as atividades sejam um atrativo para a própria permanência, dando outra dinâmica à quinta”, adianta, sublinhando que “pretendemos ser um símbolo turístico, cultural e histórico na Foz do Arelho”.

Na Quinta da Foz está um charriot (carruagem) que transportou o general Junot, responsável por comandar as tropas francesas que no século XIX invadiram Portugal.

Duas telenovelas – “Água de Mar” (RTP) e “A única Mulher” (TVI) – tiveram episódios gravados neste espaço

Ervas aromáticas de produção biológica

As ervas aromáticas de produção biológica da Quinta da Foz estão a ser comercializadas em embalagens de marca própria, chegando não só aos hóspedes como em estabelecimentos fora da quinta, nomeadamente a mercearias.

Ocupam dois hectares de terreno que anteriormente eram mato sem exploração agrícola. Depois de colhidas passam por uma fase de secagem em armazém, antes de serem embaladas, cada qual com as suas caraterísticas – lúcia lima, hortelã vulgar, hortelã pimenta, tomilho limão, erva príncipe e erva cidreira.

Por exemplo, a infusão de hortelã vulgar da Quinta da Foz tem uma tonalidade dourada brilhante e apresenta um agradável aroma a flores, onde se destacam os travos a jasmim e a persistência mentolada. É estimulante e diurética, ajudando a tratar a febre, dores de cabeça e eventuais questões digestivas.

A Quinta da Foz é um estabelecimento “pet allow”, isto é, são autorizados animais de estimação. Ali funciona também o Foz dos Orelhas, um consultório veterinário.

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