“É normal que o Município financie um determinado evento, que à partida se considera importante para a promoção do concelho e como forma de atração de pessoas, desde que rigorosamente orçamentado e rigorosamente cumprido. O que não é normal é que existam derrapagens tão discrepantes e gravosas”, sustentou.
“É uma exigência que os eventos sejam tendencialmente sustentáveis financeiramente, o que significa aumentar receitas, diminuir despesa e como tal, deixarem de ser deficitários, reduzindo o subsídio do orçamento municipal”, alegou.
Para o autarca, “vender um pacote de bilhetes para dez dias de feira por apenas 10,00€ ou 12,00€ – 1,00, ou 1,20€ por dia, podendo assistir a espetáculos como Xutos e Pontapés, GNR, Carminho e outros, é uma aberração insustentável, que só pode resultar um mais um défice inaceitável”.
“Por outro lado, o que se pretende é que esta feira, seja efetivamente uma Feira dos Frutos, em que a fruta seja o principal ponto de atração, como se espera de um município fortemente agrícola, indo ao encontro da promoção dos nossos produtos e produtores. Dar ênfase à vertente da animação, suportando-a financeiramente, relegando para segundo plano aquilo que é fundamental na feira, é subverter a temática do certame e estamos claramente perante uma medida eleitoralista em ano de eleições, suportada pelo orçamento municipal”, considerou.
O orçamento anunciado é de 360 mil euros.
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