A também vereadora da Cultura adiantou que, com esta iniciativa, a regularidade das atividades culturais estava de volta à biblioteca cadavalense, após o interregno de verão.
Ana Cristina Pinto fez-se acompanhar, na mesa, da sua primeira professora primária, Isabel Alberto, de quem diz ter recebido o gosto pela escrita. Segundo a autora, o convite teve o intuito de “enfatizar uma coisa que está cada vez mais esquecida, que é a importância que os professores têm na vida dos alunos”.
“Eu conheci a Ana Cristina muito pequena, numa escola sem condições nenhumas, mas notava-se que já havia nela apetência pela língua portuguesa», referiu, por seu turno, a antiga docente.
Isabel Alberto mostrou-se lisonjeada pelo facto de antigos alunos seus se lembrarem de si para testemunhar ocasiões como esta. A ex-professora explicou que já em abril ali tinha estado, no âmbito da apresentação do livro de Gonçalo Leal, outro seu antigo aluno concelhio. Salientando o seu gosto pessoal pela língua portuguesa, manifestou-se feliz por poder ter transmitido “esse bichinho” aos estudantes que com ela se cruzaram, na sua vida profissional.
Para Ana Cristina Pinto, este seu trabalho é resultado de dois anos e meio de pesquisas. “Não quero voltar a estar tanto tempo para publicar mas, como era o primeiro, eu queria que fosse um bom livro”, explicou. “Este livro não é sobre religião nem sobre esoterismo ou espiritualidade. É um livro de ficção, um romance com uma miscelânea de ingredientes, tais como espiritualidade, ciência e história. Depois, tem tudo o que gera interesse num romance, como o amor, não só entre um homem e uma mulher, mas entre as pessoas”, descreveu.
Um dos capítulos mais importante do livro passa-se na região Oeste, nomeadamente em Caldas da Rainha (Igreja de N. Sª. do Pópulo), onde é desvendado boa parte do mistério da estória, havendo, segundo a autora, referências também a Óbidos.
Sobre o facto de ter o nome de Luís Miguel Rocha associado à sua obra, assinando o prefácio pouco tempo antes de falecer, a autora afirmou que “entrevistei-o em 2011, aquando do lançamento do seu último livro, e a partir daí começámos a trocar impressões. Era uma pessoa extremamente humilde e acessível”.
A apresentação do livro no Cadaval contou com um pequeno recital de guitarra clássica, por Nuno Pereira.
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