Apesar de ser natural de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, onde nasceu a 11 de março de 1962, António José Seguro tem nos últimos anos exercido o seu direito de voto nas Caldas da Rainha, onde vive desde 2001, por ser casado com Margarida Maldonado Freitas, diretora técnica de farmácia e ex-deputada do PS na Assembleia Municipal. O casal tem dois filhos, um rapaz de 8 anos e uma rapariga de 13 anos, morando na Rua Dr. Leonel Sotto Mayor, a duzentos metros do local onde votou – a escola secundária Rafael Bordalo Pinheiro.
Uma reportagem realizada durante o verão passado pelo Expresso dava conta de que António José Seguro mantinha um apartamento na Estrada das Laranjeiras, em Lisboa, onde dava aulas de História das Ideias Políticas na Universidade Autónoma de Lisboa e no Instituto de Ciências Sociais e Políticas, e estava a preparar a tese de mestrado sobre a reforma do parlamento, mas que não estava disponível para prestar declarações.
É visto ocasionalmente nas Caldas da Rainha, mas dantes era mais, quando se deslocava ao comércio tradicional para fazer compras ou à Foz do Arelho.
Na passada sexta-feira, último dia da campanha, não aceitou o repto de António Costa, que convidou todos os ex-secretários-gerais e presidentes do partido para a tradicional descida no Chiado, em Lisboa. António José Seguro também não tinha recebido qualquer convite da direção do PS para integrar as listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas.
No último domingo, a comunicação social foi avisada da hora em que ele iria votar – 12h30. A fonte da informação não foi divulgada – o partido não foi – nem explicada a intenção de levar os jornalistas à sua espera. António José Seguro chegou à hora indicada. A pé e acompanhado da esposa. E não se mostrou surpreendido. Disse logo aos jornalistas: “Bem-vindos às Caldas da Rainha”.
No trajeto até à secção de voto foi várias vezes cumprimentado por populares ou por figuras ligadas a vários partidos, inclusive candidatos. E à saída, após a votação, anuiu em falar com os jornalistas.
“A única coisa que tenho para dizer, para além de referir o agrado em voltar a vê-los, porque já não os via há muito tempo, é desejar que o ato eleitoral decorra com o civismo próprio que caracteriza o povo português e desejar as maiores felicidades a todos os portugueses, independentemente das suas opções ideológicas”, afirmou.
“Vou almoçar, ver o futebol à tarde e depois vou assistir em casa com a família [aos resultados das eleições]. Compreendo a vossa curiosidade mas não digo mais nada. Sempre que quiserem vir às Caldas da Rainha tenho muito gosto em recebê-los”, acrescentou, antes de se ir embora.
Francisco Gomes
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