Allan Kardec nas suas 20 obras que deixou ao mundo (12 volumes de “A Revista Espírita”, “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “A Génese”, “O Céu e o Inferno”, “Obras Póstumas”, “O que é o Espiritismo” e “Viagem Espírita em 1862”) definiu o espiritismo como uma ideia universal e universalista, com uma abrangência muito maior do que as religiões ou grupos sectários.
Na sua obra “O que é o Espiritismo”, no prólogo, define que “o espiritismo é, ao mesmo tempo, ciência experimental e doutrina filosófica. Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos. Como filosofia, compreende todas as consequências morais decorrentes dessas relações”.
Pode ser definido assim: “O espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como das suas relações com o mundo corporal”.
Convém fazer aqui um parêntesis, que o espiritismo é aquilo que Allan Kardec legou à humanidade e não o que muitas vezes os espíritas dizem do espiritismo, que pode coincidir ou não com a essência do espiritismo que Kardec compilou.
Uns tentam entendê-lo, outros tentam fazer da doutrina espírita mais uma religião, alguns utilizam o espiritismo para fins obscuros, outros ainda, alterando a definição de Kardec, trocam o termo “consequências morais” por “consequências religiosas”, adulterando lamentavelmente a essência do espiritismo.
Pesquisando os factos mediúnicos, encontra-se toda uma filosofia, que está assente na moral ensinada por Jesus de Nazaré, como sendo a maneira do homem mais rapidamente se espiritualizar e assim se aproximar de deus.
Ciência, filosofia e moral, é o que não se cansa de demonstrar ao mundo, Divaldo Pereira Franco, exemplificando no seu quotidiano, deixando um rasto de luz para que amanhã possamos segui-la nas nossas vidas.
Divaldo Franco
Divaldo Franco, espírita, o maior conferencista mundial da atualidade, médium, foi condecorado no dia 6 de agosto pela Assembleia Legislativa da Bahia, Salvador, Brasil, com a mais alta condecoração (Comenda 2 de julho), pelo trabalho feito em prol dos pobres, sua educação e reintegração social.
Relembrando os ensinamentos dos espíritos – “fora da caridade não há salvação” – vemos no trabalho de Divaldo Franco o eco desta frase espírita, em que passando pela pesquisa, pela análise e divulgação filosófica, vive toda uma vida servindo os mais desfavorecidos da sociedade brasileira.
Neste tríplice aspeto, “ciência, filosofia e moral”, como apresentou Allan Kardec, encontramos o ponto de encontro na caridade, para connosco e para com o próximo.
Não só a caridade material, mas principalmente a caridade interior, ao nível do sentimento, do pensamento e das atitudes.
O Espiritismo propõe a caridade que entende, que compreende, que não repudia, que não ostraciza, sem ser obviamente conivente com o erro.
O Espiritismo propõe a caridade que silencia, que não escandaliza, que não se impõe, que exemplifica, que é paciente.
Entendendo quem somos, de onde viemos e para onde vamos, bem como a causa das dissemelhanças entre nós, assente na mais pura justiça divina (justiça-Amor), chegaremos mais rapidamente a Deus, no nosso processo de espiritualização, vivendo de acordo com o conselho “fora da caridade não há salvação” (isto é, sem a prática da caridade não evoluímos, estagnamos, e demoramos mais tempo a evoluir, quando optarmos pela caridade no quotidiano).
Esta é a essência do espiritismo.
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