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Rainha não escolheu local do Hospital Termal por ver o povo a banhar-se A fundação das Caldas da Rainha em volta das águas termais não aconteceu por acaso de uma deslocação da Rainha D. Leonor à região. Segundo a lenda, corria o ano de 1485 quando a rainha, esposa do rei D. João II, viajando […]
Revela tese de estudioso

Rainha não escolheu local do Hospital Termal por ver o povo a banhar-se A fundação das Caldas da Rainha em volta das águas termais não aconteceu por acaso de uma deslocação da Rainha D. Leonor à região. Segundo a lenda, corria o ano de 1485 quando a rainha, esposa do rei D. João II, viajando para a Batalha, tropeçou num grupo de plebeus que se banhavam, pudicamente como era uso na época, em águas quentes e enlameadas. Intrigada, teria ordenado que parassem a carruagem e indagou sobre o motivo de tal aglomerado de banhistas. Eram águas milagrosas, esclareceram-na. E a rainha, que além de piedosa sofria de uma terrível doença de pele, quis também ela experimentar o milagre das águas. Conta a lenda que ficou curada, razão por que um ano depois mandou construir no local um edifício com fins terapêuticos. E assim nasciam as Caldas da Rainha. Assim, segundo a lenda, uma vez que o arquitecto Miguel Duarte, autor de uma tese que obteve nota máxima na Universidade Aberta, revela que a rainha baseou-se em estudos para construir o hospital termal. “D. Leonor percebeu que Portugal não tinha para com os cidadãos os devidos cuidados e na prática quis perceber qual o centro geográfico e económico do país. Esse centro geográfico situava-se na época entre Setúbal e Coimbra. Outro eixo importantíssimo era o que ligava Atouguia da Baleia a Santarém e Tomar Neste local encontrava-se Óbidos. Em todo o espaço envolvente, as aldeias já eram perfeitamente fechadas. Era necessário criar outro espaço e a rainha, por volta de 1483,aproveita o Verão em que está em Óbidos, a mando do próprio rei, por um problema de praga em Lisboa, para colocar o seu médico, o mestre António Lucena a perceber quais eram as termas, os espaços com água com mais caudal e melhores condições para fazer um hospital”, relata Miguel Duarte. “Chegou à fonte mais caudalosa, que eram as fontes das Caldas e que já tinham algum uso. Daí nasce o hospital. Isto é, o Hospital não nasce como as lendas rezam por aí que foi a rainha que veio às Caldas e pôs um pé nas águas, chegou a Tornada e voltou para traz e por isso é que se chama Tornada. Na realidade, Tornada é um topónimo conhecido desde o período medieval, embora com outro nome, de Cornaga. A escolha aconteceu, simplesmente, por uma questão de geografia política”, indica. De acordo com o estudioso, a rainha colocou em evidência no centro da vila o edifício médico, normalmente relegado para o subúrbio. “Os hospitais normalmente estavam no subúrbio e aí se mantinham, para os doentes irem morrer longe. É a grande originalidade das Caldas. Será a primeira situação na Europa que isso se verifica. É a grande ideia de D. Leonor, pegar no hospital, colocá-lo no meio de uma vila, e pôr toda a vila ao redor desse mesmo hospital”, refere. A rainha combateu a resistência do povo para a instalação do hospital atribuindo privilégios. “Para a rainha fazer este hospital num local que não tinha ninguém a habitar, teve de criar um privilégio fundiário. Não só dava terreno para se instalarem mas dava também uma série de isenções fiscais e também presidiárias a 30 famílias, que a troco de serem perdoados crimes que tinham cometido, podiam vir ocupar uma série de casas, com profissões como oleiros, carpinteiros, alfaiates, agricultores”, sublinha Miguel Duarte. “Um couto de criminosos alimentaram uma instituição que a própria rainha diz num documento que se queria fazer grandiosa, nobre e válida. Quem veio para as Caldas é um tipo de criminoso muito específico. É que não poderia ser um criminoso de traição nem de sangue, isto é, nem poderia ter traído o rei nem ser um assassino”, revela. Miguel Duarte defendeu no passado dia 5, na Universidade Aberta, no âmbito do mestrado em Património, a tese, que obteve nota máxima, sobre “a vila que gravita em redor de uma instituição assistencial e a recuperação do património urbanístico do Hospital das Caldas até 1533. Tem 32 anos, é natural de Óbidos e arquitecto nas Caldas da Rainha. Francisco Gomes

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