Foi no ensaio geral no pequeno auditório do CCC que o coreógrafo João Fernandes, subdiretor da Escola Superior de Dança (ESD) do Instituto Politécnico de Lisboa, disse que é um projeto no âmbito da licenciatura em dança de uma unidade curricular que se chama “Interpretação”.

“O objetivo desta unidade curricular é haver um coreógrafo que trabalhe com estes estudantes e desenvolva um projeto coreográfico e neste caso específico eu estou a fazer uma recriação de uma obra que já fiz há cerca de oito anos, que se chamava “Como é que eu vim aqui parar?”, que é uma peça sobre dança”, explicou.

A iniciativa é uma parceria da ESD, CCC e Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha.

Na passada quinta-feira a peça foi apresentada a alunos do 4º ano, 2º e 3º ciclo dos agrupamentos de escolas das Caldas, envolvendo mais de 300 estudantes do concelho.

Segundo o coreógrafo, quem assiste à peça questiona “sobre que rumo poderemos ter quando pensamos de onde viemos e para onde poderemos ir”. “Pretende-se promover uma atividade cultural que possa conduzir o pensamento do público sobre o tema da peça, ao mesmo tempo que este ficará envolvido por uma multiplicidade de estímulos dos corpos que dançam e interpretam ideias pelo movimento”, adiantou João Fernandes.

“As Bolsas Educativas oferecem uma experiência única que combina arte, educação e reflexão através da dança”, referiu.

Depois de terem assistido à peça, os alunos foram convidados a participar numa aula interativa com os 14 intérpretes da licenciatura em dança da ESD que estiveram em palco.

O coreógrafo é natural de Leiria e adorou colaborar com o CCC. “É um espaço incrível, tendo em conta o que temos no país, e é um prazer estar aqui a trabalhar”, contou.

A música é de Bruno Coulais e Les Petis Chanteurs de Saint-Marc, Steve Reich e Pat Metheny, e The Party People. Inês Pedruco deu apoio ao movimento. A dança teve a duração de cerca de 40 minutos.