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Urgência de Ginecologia/Obstetrícia encerrada ao longo da semana nas Caldas

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O mapa dos constrangimentos desta semana no Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico no Hospital das Caldas da Rainha dá conta que desde o dia de natal até 30 de dezembro a Urgência de Ginecologia/Obstetrícia está encerrada. As utentes são desviadas para hospitais de Santarém, de Coimbra e de Lisboa.
As utentes são desviadas das Caldas para hospitais de Santarém, de Coimbra e de Lisboa

O mapa dos constrangimentos desta semana no Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico no Hospital das Caldas da Rainha dá conta que desde o dia de natal até 30 de dezembro a Urgência de Ginecologia/Obstetrícia está encerrada. As utentes são desviadas para hospitais de Santarém, de Coimbra e de Lisboa.

Tinha sido publicada uma informação, no âmbito do programa “Nascer em Segurança no Serviço Nacional de Saúde-SNS”, que dava conta de que no dia 31 de dezembro os serviços de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Partos estavam fechados, mas entre 1 e 10 de janeiro não sofreriam interrupção, só que o calendário da próxima semana apenas será divulgado pela direção executiva do SNS no sábado, pelo que nesta altura desconhece-se o que acontecerá, uma vez que as datas anteriormente divulgadas várias vezes não estão a coincidir com a realidade.

A Urgência de Pediatria é afetada no dia 30, depois de ter encerrado no dia 25, enquanto que a Urgência de Cirurgia esteve fechada no dia 24 e na noite de natal. Volta a encerrar no dia 30. A Urgência de Ortopedia encerrou na noite de consoada. Nestes casos os hospitais de referenciação de utentes são em Torres Vedras e Lisboa.

Igualmente pertencente ao Centro Hospitalar do Oeste, o hospital de Peniche não teve o Serviço de Urgência Básica aberto na noite de 24 e durante todo o dia 25 de dezembro. Os utentes foram referenciados para Caldas da Rainha e Torres Vedras.

Quanto a Torres Vedras, os constrangimentos esta semana são sobretudo ao nível da Pediatria, encerrada nos dias 24 e 25, e nas noites de 26 a 30 de dezembro. Caldas da Rainha e Lisboa eram as alternativas.

A Ortopedia não funcionou na noite de 24 de dezembro, sendo os doentes enviados para Lisboa, e a Medicina Interna não funcionou na noite de 26 e não estará aberta na noite de 28. As opções são entre Caldas da Rainha e Lisboa.

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, que assina este calendário de constrangimentos, refere que se atravessa “um período crítico”, que resulta de “diversas condicionantes”, tais como a “escassez de recursos humanos na área da saúde, experienciada a nível mundial, o recurso excessivo a cuidados de saúde em contexto de urgência hospitalar e a elevada dependência histórica do recurso a trabalho extraordinário, por parte dos profissionais de saúde, para assegurar o funcionamento dos diferentes pontos da rede de Serviços de Urgência”.

“A indisponibilidade manifestada por um número relevante de médicos para a realização de trabalho extraordinário, em função do elevado esforço a que têm estado sujeitos, coloca em causa o atual modelo de funcionamento dos Serviços de Urgência, tornando necessária uma reorganização da resposta, de forma a assegurar o acesso, defender a equidade, manter a segurança e promover a eficiência no contexto da prestação de cuidados urgentes e emergentes”, manifesta Fernando Araújo.

“Os doentes devem, sempre que possível, em caso de doença aguda, ligar previamente para o SNS24 (808 242 424) e cumprir com as orientações recebidas. Nas situações de urgência ou emergência deverão contactar o 112, que encaminhará a chamada para o INEM”, alerta.

Fernando Araújo sublinha que os Serviços de Urgência, “apesar das limitações identificadas, com o forte apoio do INEM, têm demonstrado capacidade de articulação e suporte, garantindo segurança e qualidade na prestação de cuidados de saúde”.

“Apesar da tendência positiva de resolução de constrangimentos de acesso a serviços de urgência, verificada ao longo das últimas semanas, o período que inclui o natal carateriza-se tradicionalmente por limitações adicionais, motivadas pela indisponibilidade dos profissionais (a que se associa este ano a questão da realização de horas extras para além das 150 horas anuais), quer especialmente pela ausência de compromisso e responsabilidade dos prestadores de serviço”, refere.

“Com o início do próximo ano e a renovação da disponibilidade dos profissionais para realização de trabalho suplementar, antevê-se uma normalização genérica do funcionamento dos serviços de urgência”, conclui.

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