Q

Previsão do tempo

18° C
  • Wednesday 19° C
  • Thursday 13° C
  • Friday 14° C
  • Wednesday 19° C
  • Thursday 13° C
  • Friday 15° C
18° C
  • Wednesday 19° C
  • Thursday 13° C
  • Friday 15° C
Pela sua saúde!

Os Cuidados Paliativos

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que se celebrou no passado dia 9, teve por objetivo unir esforços por todo o mundo, chamando a atenção para as necessidades das pessoas em sofrimento. É importante criar espaços e momentos de debate para que este problema, que afeta todo o mundo (estima-se que 18 milhões de pessoas morrem em dor e sofrimento todos os anos), seja discutido, compartilhando visões e experiências das pessoas e famílias que vivem nessa situação. Infelizmente, hoje em dia, muitas pessoas desconhecem o que significam os cuidados paliativos e para que servem.

Pela sua saúde!

O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que se celebrou no passado dia 9, teve por objetivo unir esforços por todo o mundo, chamando a atenção para as necessidades das pessoas em sofrimento. É importante criar espaços e momentos de debate para que este problema, que afeta todo o mundo (estima-se que 18 milhões de pessoas morrem em dor e sofrimento todos os anos), seja discutido, compartilhando visões e experiências das pessoas e famílias que vivem nessa situação. Infelizmente, hoje em dia, muitas pessoas desconhecem o que significam os cuidados paliativos e para que servem.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cuidados paliativos são um conjunto de cuidados, para a pessoa que sofre de uma doença grave ou incurável, e também sua família, com o objetivo de aliviar o seu sofrimento, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida.

Efetivamente, os cuidados paliativos são uma forma de proporcionar cuidados de saúde centrados na pessoa doente e na sua família. Prestados por uma equipa multidisciplinar constituída por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, visam uma abordagem global do sofrimento, o suporte na comunicação com o doente, família e profissionais e outros parceiros na sociedade, e o planeamento antecipado de cuidados.

Pretendem dar uma resposta ativa e multidisciplinar, aos problemas decorrentes de uma doença grave, prolongada e/ou progressiva. O objetivo é prevenir o sofrimento que estas doenças condicionam e oferecer a máxima qualidade de vida à pessoa doente e à sua família, independentemente do tempo de vida.

São cuidados de saúde ativos e rigorosos, que combinam ciência e humanismo fazendo com que o sofrimento desapareça na maioria dos casos e, em situações mais complexas, que assuma níveis toleráveis.

A dor física é apenas um dos múltiplos sintomas que pessoas com doenças prolongadas podem apresentar. Existem muitos outros sintomas, como o cansaço, a falta de ar, a insónia, as náuseas/vómitos e, além destes, o sofrimento psicológico, espiritual, social e cultural.

Nos cuidados paliativos, a pessoa doente é abordada como um todo. O objetivo não é curar a doença, mas cuidar das pessoas doentes e ajudá-las a viver a sua vida, ao mesmo tempo que lidam com a doença. São cuidados que se centram na dignidade da pessoa cuja vida deve ser vivida intensamente até ao fim, independentemente do momento da morte. Cada dia é vivido com pleno significado.

As doenças graves são diagnosticadas, na maioria das vezes, nos hospitais e por isso se impõe mudar a mentalidade dos profissionais. É absolutamente necessário que se referenciem as pessoas com necessidades paliativas para os serviços de Cuidados Paliativos e, sempre que possível e desejado, para fora dos hospitais, para que possam ser acompanhadas nas suas casas ou numa unidade, consoante a complexidade dos cuidados.

Atualmente, todos os hospitais do SNS têm nomeada uma equipa intra-hospitalar de cuidados paliativos. É um primeiro passo, mas é ainda preciso reconhecer as necessidades que existem nestas equipas no que respeita à formação, competência, recursos e horário adequado para que efetivamente possam assegurar os cuidados necessários à população que servem.

É necessário que todos os profissionais de saúde, decisores políticos e cidadãos reconheçam que os cuidados paliativos têm muito para oferecer e que, quanto mais precocemente forem integrados na abordagem da pessoa doente maior poderá ser o benefício.

Miguel Miguel, enfermeiro

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Em Defesa do Voto Digital Seguro

Praticamente desde 1976 que a participação eleitoral em Portugal tem vindo sustentadamente a decair, com raríssimas exceções pontuais. As razões para esta tendência são de variada ordem, desde o “desafeto democrático” ao alheamento profundo sobre questões políticas.

Síndrome de Jerusalém

Em 1917, o antropólogo Alfred Louis Kroeber escreveu o famoso artigo intitulado “O Superorgânico”, que rompeu de vez pretensas relações entre cultura e quaisquer características genéticas dos indivíduos. Segundo Kroeber, é pela cultura que nos distanciamos do mundo animal. Enquanto os animais são dominados pelos instintos, nós somos influenciados pela aprendizagem, pela cultura. Um cão que nunca tenha convivido com outros cães irá sempre ladrar, abanar a cauda e alçar a perna. Já uma criança nascida na Antártida, mas trazida para Portugal e educada por portugueses será portuguesa.

francisco martins da silva 1

Crianças em cárcere: quem as lembra?

Ratificada que foi pelo Estado português a Convenção Sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989 e considerando a prática judiciária no que respeita, nomeadamente, a crianças em perigo, excluindo por vezes mães com uma vida perfeitamente estruturada da guarda dos filhos, alegando, por via de relatórios técnicos, que consideram existir perigo emocional para a criança, resulta num paradoxo sem qualquer lógica o facto de crianças pelo menos até os 5 anos, que já não apagarão das suas memórias a vida em reclusão com as mães, que o Estado aparentemente esqueça estas crianças nos estabelecimentos prisionais onde as mães se encontram reclusas.

fatima henriques