O evento “Praça Viva”, promovido pela marca Praça da Fruta, iniciou pelas 10h com a realização de um Peddy Paper, onde 35 jovens divididos em equipas receberam formulários para andarem pelo mercado, respondendo às perguntas do questionário. Esta atividade pretendeu dar a conhecer melhor o mercado caldense criado em 1883.
O objetivo da iniciativa foi não só promover a Praça da Fruta mas acima de tudo mostrar como são de qualidade os produtos locais e fáceis de cozinhar. Os chefs Luís Tarenta e Jorge Guilherme cozinharam ao vivo, com produtos comprados na Praça da Fruta e o público teve a oportunidade de provar. “Queremos com isto recriar o hábito de fazer compras de produtos frescos no mercado e, ao mesmo tempo, gerar momentos de convívio entre a degustação dos mesmos”, justificou Liliana Silva, presidente da CoopCASA -Cooperativa para a Acção Social e Artística, revelando que a iniciativa é a “concretização da comunicação do site da Praça da Fruta”.
Rui da Bernarda, responsável pelo restaurante Afinidades, aderiu ao evento e espera que “todos os que saborearam os pratos tenham gostado porque faz sentido o Afinidades estar ligado à Praça da Fruta porque estamos ao lado e porque a matéria prima que utilizamos para os nossos pratos é deste mercado e fundamental para o sucesso do nosso projeto”.
Página na Internet com 4 mil visualizações
Durante o decorrer do evento foram distribuídos sacos com o logotipo da Praça da Fruta e a divulgação do site (www.pracadafruta.pt) que tem toda a informação sobre o mercado e dos cerca de 200 vendedores que comercializam os seus produtos naquele local.
A plataforma online está a ser desenvolvida desde 2015 e o objetivo é “divulgar cada vendedor”. “É importante que o público conheça as pessoas da Praça da Fruta, a sua história de vida e saber onde produzem os seus produtos, para fortalecer relações de confiança”, explicou Liliana Silva.
Recentemente houve uma renovação total com a integração das informações da história do mercado e os perfis individuais de cada vendedor. Noventa e cinco por cento dos vendedores da Praça da Fruta aderiram à página na Internet. O objetivo é continuar a dinamizar o site com mais informações sobre os vendedores e seus produtos e eventualmente ir ao terreno de alguns e fazer um vídeo sobre a origem das hortas.
Para Liliana Silva, que está a dinamizar o site, “está a ser uma experiência interessante e enriquecedora”. “As pessoas da Praça da Fruta são humildes e verdadeiras e têm uma energia fantástica, porque apesar de tratarem das suas hortas, estão no mercado todos os dias às cinco da manhã e isso tem que ser valorizado porque são os vendedores que fazem a praça”, sublinhou.
Segundo esta responsável, em setembro, o site da Praça da Fruta teve quatro mil visualizações e a maioria era de chineses.
Em 2018 vão continuar com o projeto da “Praça a Casa”, onde pretendem entregar os produtos da praça em casa dos clientes com a utilização de bicicletas.
A jovem caldense Filipa Oliveira, que participou no Peddy Paper, adorou a atividade porque tiveram que interagir com os comerciantes e descobriu novos produtos na Praça da Fruta.
A Marca Praça da Fruta é um projeto do Orçamento Participativo da autoria de Alexandre Cunha e Lino Romão, cuja execução está a ser levada a cabo pela CoopCASA. Tem como objetivo promover “o mercado como âncora ativa de uma cidade criativa, promovendo a renovação sustentável do centro histórico e o desenvolvimento comunitário, através de uma marca que une em torno de si todos os produtos e vendedores que compõem a praça”.
A Praça da Fruta é a única que se faz ao ar livre em todo o país durante todos os dias, menos no dia de Natal.
Conta a lenda que a Praça do Rossio foi oferecida pela própria Rainha Dona Leonor aos produtores agrícolas da região para aí venderem os seus produtos. Apesar de não existirem registos históricos de tal oferenda, a verdade é que o mercado funciona até aos dias de hoje no local primitivo onde iniciou a sua atividade durante o século XV.
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