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Caldenses de Alvorninha trabalham em Andorra

Marlene Sousa

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Com 34 anos, Liliana Catarina Santos e o seu irmão Luís Carlos Santos, de 28 anos, naturais de Alvorninha (Casal do Rodo), nas Caldas da Rainha, trabalham em Andorra, onde se sentem como em casa, felizes e rodeados de gente simpática.
Liliana Santos e o seu irmão Luís Santos, naturais de Alvorninha, trabalham em Andorra

O Principado de Andorra, um pequeno país (com cerca de 468 km2) localizado nos Pirenéus, entre Espanha e França, é procurado por milhares de visitantes para fazer esqui e também pelas compras. É um dos países de destino de centenas de portugueses, que vão em busca de oportunidades de trabalho.

Liliana e Luís Santos fizeram o secundário no Externato da Benedita. Liliana ainda trabalhou num hipermercado na cidade das Caldas, antes de rumar para Andorra, onde vive há 15 anos. Fala corretamente o catalão e trabalha no Abba Xalet Suites Hotel como empregada de mesa.

Luís foi para aquele país para trabalhar um ano e acabou por ficar onde reside há 11 anos. Trabalha numa oficina de pneus para viaturas e em part time também colabora como empregado de mesa no Abba Xalet Suites Hotel. Ambos escolheram Andorra para viver, pela oportunidade que Portugal não lhes conseguiu dar.

Numa entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, os caldenses falam-nos do seu trabalho e da vida em Andorra, bem como das diferenças que observam entre aquele pais e Portugal.

Morar no principadode Andorrafoi, segundo Liliana, uma boa opção pela “oportunidade de trabalho, proximidade da língua e facilidade em aprender o catalão”. “É um país alegre e acolhedor”, disse Liliana, que mudou-se para aquele país com 19 anos. “O contato para ir para Andorra foi através do meu pai e foi uma aventura porque fui sozinha sem saber o que ia fazer”, contou, revelando que a adaptação foi difícil mas hoje já não voltava para Portugal para trabalhar.

Foi em Andorra que se apaixonou por um português, natural de Monção. Têm uma filha de 9 anos.

Depois de uns anos em Andorra conseguiu juntar a família. “Primeiro veio o meu pai, depois o meu irmão e quando engravidei a minha mãe também emigrou para me ajudar”, contou.

“Para quem ambiciona melhores condições de trabalho e vida, emigrar para Andorra é sem dúvida uma opção “apetecível”, relata. Com um bom serviço de saúde, um ótimo sistema de ensino e bons níveis de segurança, não admira que este seja um bom país para emigrar. “Juntamos a estes fatores os salários muito acima da média portuguesa, valores que sobem de acordo com a experiência profissional”, apontou. O aluguer de um apartamento em Andorra ronda, em média, cerca de 600 euros por mês. Ainda que o valor seja superior ao praticado em Portugal, “o que ganho dá para as despesas extra, e tenho oportunidade de jantar fora num bom restaurante ou passar um fim de semana na praia em Espanha num bom hotel”. “O ordenado mínimo em Portugal são cerca de 500 euros, eu já não conseguia viver só com esse valor”, sublinhou.

A sua filha de 9 anos frequenta o colégio francês e todas as semanas faz esqui. “É uma atividade obrigatória pelo governo do Principado. Depois das férias de Natal até março, faz esqui uma vez por semana”, revelou.

Apesar de estar no país dos Pirenéus, Liliana Catarina Santos não é praticante de desportos de inverno. “Muitos colegas e amigos meus praticam esqui, mas eu não sou aficionada”, garantiu.

Para conseguir ter uma boa qualidade de vida trabalha em vários locais. Dedica-se à restauração mas também faz umas horas de limpeza e também é ama de crianças.

Tem casa em Monção (terra do seu esposo) e todos os anos regressa a Portugal para passar férias. Do que tem mais saudades das Caldas da Rainha é da sua “avó”. “O que me dá mais satisfação é passar o dia dos reis em Alvorninha junto da minha família toda”, recordou.

Segundo Luís, Andorra é um país pequeno. Contudo, tem uma grande multiculturalidade. “Há muito portugueses a trabalhar em Andorra e também recebemos muitos turistas de Portugal que vêm esquiar e fazer compras”, disse, acrescentando que “não tem metro, mas o serviço de autocarros é conveniente e eficiente”.

Os centros comerciais são ótimos. Tem parques agradáveis e as ruas são limpas. “O custo de vida é mais elevado que Portugal, mas a mão de obra é bem paga, mesmo a menos qualificada. Por exemplo, o custo de uma refeição num restaurante é mais caro, mas o empregado de mesa ganha muito mais do que o salário mínimo português”, contou.

Apesar de ter dois trabalhos, Luís ainda tem tempo para fazer snowboard. Regressar a Caldas da Rainha, só para “férias”. Do que tem mais saudades de Portugal é “da família, amigos e do mar da Foz do Arelho”.

Entre os funcionários do Abba Xalet Suites Hotel encontrava-se outro português. Oliverio Guerra, natural de Chaves, é Maître (responsável pelo controlo e gestão dasala dos restaurantes). O seu filho, Joel Fonseca Guerra, foi campeão na passada semana numa prova de slalom em Andorra (disciplinas doesqui alpino, nas quais os esquiadores têm de passar através de uma série de pórticos, dispostos num traçado que comporta curvas e arcos estreitos).

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