Crianças do jardim de infância e escola do primeiro ciclo e idosos do lar e centro de dia da Foz do Arelho participaram na passada sexta-feira na sessão inaugural das sementeiras e plantações na “Horta Pedagógica e biológica da Escola da Foz do Arelho”. O projeto começou há cinco anos, quando a associação Pato incentivou a escola a desenvolver a horta. Primeiro arrancou com um canteiro na escola, mas o professor António Vieira reparou no espaço em frente ao estabelecimento de ensino que era ideal para criar uma horta pedagógica. Falou com o presidente da junta de freguesia, que por sua vez sensibilizou os proprietários do terreno, que cederam o mesmo. Agora é um ponto de atração. Depois da preparação prévia do terreno, com ajuda de um particular que tem tratores e o arranque de ervas pelos alunos e pais, chegou a altura de colocar as sementes. “Temos aqui tremocilha, tremoços, trigo, aveia, grão de bico, favas, ervilhas, cebolo, batata, alfaces, feijão e alhos”, descreveu António Vieira, que com o seu colega José Couceiro, orientou a sessão, em que participaram também encarregados de educação e familiares. Numa rede junto à horta foram colocados cartazes sobre recuperação ambiental da Lagoa. “Fizemos uma visita de estudo às obras de desassoreamento da Lagoa e o Instituto da Água deu-nos os cartazes. Como as pessoas não sabem o que se passa na lagoa, a custas próprias mandei plastificar, e assim todos veem, porque é uma zona de passagem”, explicou. O professor comentou que é hábito os alunos acompanharem o crescimento das culturas. “Estão sempre a olhar pelo vidro da janela da sala”, contou. Margarida, de 9 anos, do 4º ano, disse que andar a semear “foi fixe e divertido” e que iria ser motivo de conversa com os pais. O seu colega João, de 9 anos, achou que a iniciativa serviu para “aprender mais sobre as culturas”. Os sete utentes da Associação de Solidariedade Social da Foz do Arelho que estiveram presentes também estavam entusiasmados. Manuela Melo considerou a iniciativa “ótima, porque coloca a juventude e os idosos em conjunto, e é bom para as crianças aprenderem”. Henrique Bernardino relatou que “trabalhei na agricultura e tive saudades de mexer nos utensílios”. Lurdes Rebelo, proprietária do terreno, declarou que começou por ceder “uma tirinha há uns anos e como não me faz diferença aumentaram a parte cultivada”. “Acho graça as crianças andarem entretidas e a verem como se fazia dantes, porque se não forem estas iniciativas as crianças nem sabem como as coisas vão parar ao prato. O sentido é ensiná-las de onde vêm as coisas da terra”. No final houve uma corrida de caracóis, que serviu não só de convívio como tinha incorporado o conhecimento das letras (cada caracol tinha uma letra), a noção de tempo (a corrida era cronometrada), a noção de circunferência, diâmetro e raio, matérias de matemática ensinadas aproveitando o cenário da corrida. Francisco Gomes
Crianças e idosos semeiam horta pedagógica na Foz do Arelho
8 de Fevereiro, 2012
Crianças do jardim de infância e escola do primeiro ciclo e idosos do lar e centro de dia da Foz do Arelho participaram na passada sexta-feira na sessão inaugural das sementeiras e plantações na “Horta Pedagógica e biológica da Escola da Foz do Arelho”. O projeto começou há cinco anos, quando a associação Pato incentivou […]

Crianças e idosos semeiam horta pedagógica na Foz do Arelho
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