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Tradição esquecida na Procissão de S. Martinho na Delgada

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Este ano, pela segunda vez consecutiva, não se considerou a tradição religiosa da pequena aldeia de Delgada, no concelho de Bombarral. Tradicionalmente a imagem de S. Martinho, Santo Padroeiro da povoação, sai para a procissão com a capa de tecido vermelho escuro ornamentada com as notas oferecidas pela população presas com alfinetes. As pessoas que, […]

Este ano, pela segunda vez consecutiva, não se considerou a tradição religiosa da pequena aldeia de Delgada, no concelho de Bombarral. Tradicionalmente a imagem de S. Martinho, Santo Padroeiro da povoação, sai para a procissão com a capa de tecido vermelho escuro ornamentada com as notas oferecidas pela população presas com alfinetes. As pessoas que, por algum motivo, não têm possibilidades de acompanhar o referido cortejo, aguardam que o mesmo passe junto a suas casas para poderem então colocar na capa do Santo Padroeiro, a respectiva oferta em numerário que por norma e presa com um alfinete pelo próprio ofertante. Quando a imagem sai da igreja para a rua já vai sempre com a capa bem repleta de ofertas. Em 2010 não foi o que aconteceu. O jovem padre João, da Paróquia de Bombarral, ordenou que fossem retiradas todas as notas da capa com a desculpa do que ele chamou de “sinais de ostentação”. Assim apesar de alguns populares ficarem bastante revoltados, entre os quais eu me encontrava, e de ter eu própria acusado o Sr. Padre João de impor com bastante arrogância, as suas “regras”e a sua vontade, as quais foram contra toda a tradição existente, o referido padre levou a sua vontade avante. Não contente, recusou-se a celebrar a habitual missa de Bênção das Festeiras na tradicional Capela de S. Martinho, informando que a mesma se realizaria na (nova) Igreja de Nossa Sra. da Conceição. Perante a recusa das festeiras, a missa não viria a ser realizada. Este ano as coisas não melhoraram e o Santo Padroeiro correu o risco de sair para a procissão não só sem as notas de oferenda, o que efectivamente aconteceu, mas também sem a capa! É com muita tristeza e especialmente com muita revolta, que vejo um representante da Igreja tomar posições destas, tão radicais! Perante o descontentamento e revolta dos populares, o Santo Padroeiro foi então coberto com a capa que lhe pertence ( a qual representa a sua generosidade quando, segundo reza a lenda a rasgou ao meio para dar parte a um mendigo, uma vez que não tinha mais nada para partilhar) tarde e a más horas, quando a procissão já se preparava para sair. Com o “aquecer do ambiente”, o não menos jovem padre presente, que creio ser o padre Sérgio, resolveu então (sensatamente!) tornear a questão! O S. Martinho transportaria então, pendurado na mão direita, um saco acetinado da cor da capa, onde quem quisesse poderia então colocar o dinheiro, porque como diz o ditado, “o que os olhos não vêem o coração não sente”. E assim pelo segundo ano consecutivo, a Igreja através dos seus representantes, rompeu mais uma vez, com a tradição e os costumes de uma povoação e, mais uma vez mostrou a sua arrogância e sua falta de respeito com todos os presentes neste evento. Falta agora saber se a missa de Bênção das Festeiras se celebrara como era tradição, na velhinha Capela de S. Martinho ou se à semelhança do ano anterior não chega a ser realizada. Pela parte que me toca, apenas dita mais afastamento desta instituição que põe em prática o velho ditado que diz “Faz o que eu digo e não faças o que eu faço”. Em tempos tão difíceis, a Igreja continua a conseguir cativar cada vez menos pessoas com atitudes deste tipo. Fica a pergunta: – Quando se proceder ao pagamento do serviço prestado pela Igreja, o mesmo também deverá ser feito dentro de um saco, para evitar os sinais de ostentação? Ou deverá ser feito com o produto das oferendas feitas pelos populares e colocadas na capa do Padroeiro? É que na ultima hipótese…Estamos mal! Estas linhas são puro desabafo de quem não conseguiu evitar a arrogância da Igreja Católica. Isabel Maria Correia Ribeiro

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