O Serviço Municipal de Protecção Civil de Óbidos emitiu um comunicado a alertar para as primeiras chuvas de Outono e inundações em zonas urbanas. “No início do período de Outono, geralmente são elevadas as quantidades de lixo depositadas nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais. Situação agravada pela queda de folhas de árvores, gerando maiores situações de obstrução. Os detritos vegetais e outros materiais inertes que, durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, também contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento”, faz notar o comandante operacional municipal, Sérgio Gomes. Segundo o responsável, “as primeiras chuvas que normalmente ocorrem no Outono são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas, etc.), originando acumulação de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo contratempos nos pisos mais baixos de alguns edifícios”. Assim, solicita-se a todos os munícipes que tomem uma atitude pró-activa, nomeadamente, assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais dos quintais ou varandas e a limpeza de bueiros, algerozes, caleiras dos telhados de habitações e outros que julguem pertinentes. Sérgio Gomes aponta que “o arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir significativamente para o acréscimo do efeito nefasto das cheias”. Apesar de informar que “não se prevê que, do ponto de vista de transbordo de linhas de água, surjam situações particularmente alarmantes após as primeiras chuvas de Outono”, sustenta que, “com o avançar do período de inverno, o progressivo acumular do teor de água no solo e sua consequente saturação poderão implicar alguns efeitos nos recursos hídricos”. Neste contexto, recomenda-se a adopção de algumas medidas de precaução por parte dos proprietários de terrenos com linhas de água, como desobstrução de linhas de água, principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento, limpeza de linhas de água assoreadas, e limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados ilegalmente nos troços marginais dos cursos de água. Deve-se evitar cortes rasos de material lenhoso ardido, em situações de declive intenso, localizadas nas proximidades das linhas de água. Aconselha-se a recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas e dos resíduos de actividades agrícolas e florestais localizadas nas margens das linhas de água, e a recolha ou trituração dos existentes nas margens das linhas de água. A verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamento das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos, também deve ser tida em conta. Francisco Gomes