Q

Previsão do tempo

18° C
  • Friday 18° C
  • Saturday 20° C
  • Sunday 18° C
18° C
  • Friday 18° C
  • Saturday 20° C
  • Sunday 18° C
17° C
  • Friday 17° C
  • Saturday 21° C
  • Sunday 19° C

Caldenses participam em filme do Maestro Victorino D’Almeida

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
Vai ser lançado em Dezembro o filme português “O Tempo e as Bruxas”, do maestro Victorino D’Almeida. Esta longa-metragem contou com a colaboração do caldense Miguel Costa, como director de fotografia, operador de câmara e montador. A rodagem do filme decorreu durante o mês de Agosto em décores naturais na zona de Vila Nova de […]

Vai ser lançado em Dezembro o filme português “O Tempo e as Bruxas”, do maestro Victorino D’Almeida. Esta longa-metragem contou com a colaboração do caldense Miguel Costa, como director de fotografia, operador de câmara e montador. A rodagem do filme decorreu durante o mês de Agosto em décores naturais na zona de Vila Nova de Cerveira e teve em média cerca de 12 a 16 horas de trabalho por dia. A fase de pós-produção começou dois dias após o termo da rodagem e está a ser efectuada no atelier de Miguel Costa na Avenida 1º de Maio, nas Caldas da Rainha, acompanhada pelo realizador António Victorino D’Almeida, que tem permanecido na cidade. Com um elenco composto por 18 elementos e muitos figurantes, a longa metragem retrata “toda a mística da bruxaria do Norte,  em que nunca se prova literalmente nada, e onde existe uma atmosfera de permanente desconfiança de uns para outros”, explicou o Maestro, acrescentando que “o filme tem o subtítulo de “Farsa Absurda”, e joga muito com a força do diálogo e das imagens”. Miguel Costa foi convidado pelo Maestro Victorino D´Almeida e desde logo aceitou com grande entusiasmo. Admirador do Maestro, recorda que Victorino d’Almeida é amigo da sua família há várias décadas e que estão a preparar outros projectos em conjunto, inclusive um documentário sobre o Maestro, onde Miguel Costa será o responsável pela realização e produção. Nas suas funções de director de fotografia do filme “O Tempo e as Bruxas”, Miguel Costa teve controlo sobre a imagem e a parte estética tendo como principais objectivos transpor o guião e as ideias do realizador para o filme. Miguel Costa realça a grande “sensibilidade e genialidade artísticas do maestro que tornaram todo o seu trabalho mais fácil e interessante”, destacando que este “é um filme com tons bastante suaves e naturalistas, imagens com pouco grão e média profundidade de campo”. “Este é um filme do universo da personagem com diálogos de enorme interesse e uma narrativa imprevisível que certamente vai prender o público do início ao fim”, sublinhou o director de fotografia, convicto de que “algumas destas falas são tão fortes que vão passar a fazer parte da linguagem diária dos espectadores”. Segundo este técnico, a pós-produção de “O Tempo e as Bruxas” baseia-se “numa montagem bastante decopada e muito cuidada no sentido de sugerir uma continuidade fluída na mente do espectador e  a banda sonora tem uma acção psicológica muito importante”. Para o caldense, foi um enorme prazer fazer este filme. Jaime Costa, director do JORNAL DAS CALDAS, também foi um dos actores deste filme, interpretando a personagem do director de um jornal. Considera a longa metragem completamente “inovadora no mercado cinematográfico”, onde as “cenas sucedem-se de uma forma sempre imprevisível para os espectadores”. “Com este filme, o Maestro Victorino D’Almeida demonstra, mais uma vez, a sua genialidade, porque para além de ser autor do guião teve a seu cargo a direcção de actores, a realização e ainda a composição das músicas”, disse o director do JORNAL DAS CALDAS, acrescentando que, “o ambiente nas filmagens foi extraordinário e quer os técnicos quer os actores e figurantes, demonstraram uma grande admiração pelo Maestro”. Victorino D’Almeida nas Caldas Foi no atelier de Miguel Costa que Victorino D’Almeida falou com o JORNAL DAS CALDAS. Perante um sorriso de felicidade de ter o filme quase concluído e que vai ser exibido no cinema e em festivais, o Maestro disse que um dos objectivos do projecto é mostrar que em tempo de crise é possível produzir de uma forma extremamente económica. “Decidi fazer um filme que demonstra o nosso protesto contra a ideia de que a cultura custa milhões. Pode custar milhões se justificar, mas raras vezes acontece, e utiliza-se o conceito de muito dinheiro como um álibi para não dar nada”, apontou o Maestro, adiantando que “este filme é uma reacção de um grupo de mais de vinte pessoas que se uniram trabalhando em cooperativa”. A crise não impediu o guionista de desenvolver o projecto. “O combate à crise passa pela produtividade, então vamos produzir com os recursos que temos e não à procura dos milhões”, sublinhou. Vitorino D’Almeida garante que “ter uma ideia, arranjar maneira de concretizá-la, vê-la a chegar a outros, quer seja na música, nos filmes ou no teatro, é uma forma de inspirar as pessoas da mesma forma que nos inspiram a nós”. Como realizador de cinema, Victorino D’Almeida é autor de “A Culpa”, o primeiro filme português a receber um 1º Prémio num Festival Internacional do estrangeiro (Huelva, 1980). A partir daí nunca mais fez um filme, porque as condições técnicas “eram muito mais caras”. “Estive à espera estes anos todos pacientemente, mas com espírito de pantera, e fui acompanhando a evolução técnica, e quando tive a certeza que já havia condições técnicas suficientes para fazer esta proposta a um grupo de pessoas, aí atirei-me de cabeça”, explicou o maestro, acrescentando que “as pessoas corresponderam extraordinariamente e provámos que com a qualidade que o vídeo de alta definição tem, pode-se perfeitamente fazer cinema”. O compositor referiu ainda que compensaram a falta de alguns meios técnicos com a fotografia, elogiando o trabalho de Miguel Costa. Como guionista, realizador e compositor foi o Maestro que escolheu o elenco. “Fui buscar pessoas que nunca foram actores mas que pressenti que todos tinham imenso talento”. Antes de iniciar este novo projecto fez um trabalho muito grande de “background” e até agora “tudo decorreu como previsto”. Depois de finalizada a montagem, Victorino D’Almeida disse que vai iniciar a fase da sonoplastia, abrangendo todas as formas sonoras – música, ruídos e fala. A carreira de Miguel Costa começou no cinema de publicidade como assistente de realização. Depois foi realizador de filmes de curta-metragem, de informação, de espectáculos para a televisão, de telediscos e ainda realizador de documentários e vídeos promocionais e publicidade. Ao longo dos anos tem efectuado inúmeros trabalhos publicitários de fotografia e participado em diversas exposições. Além destes projectos Miguel Costa é professor na ETEO – Escola Técnica e Empresarial do Oeste dos cursos de técnico de fotografia (equivalente ao 10º, 11º e 12º ano) e de técnico de multimédia. António Victorino D’Almeida nasceu em Lisboa, em 21 de Maio de 1940. Aluno de Campos Coelho, finalizou o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa com 19 valores, após o que seguiu para Viena, onde se diplomou em Composição com a mais alta classificação conferida pela Escola Superior de Música daquela cidade (hoje Faculdade da Música), tendo sido aí aluno de Karl Schiske. Como concertista, desenvolveu uma intensa carreira internacional, cotando-se entre os melhores pianistas portugueses do seu tempo, mas reduziu inevitavelmente essa actividade a partir do momento em que aceitou o posto de Adido Cultural em Viena. A sua principal actividade é, todavia, a composição, sendo um dos compositores portugueses que mais obra produziu. Já dirigiu praticamente todas as orquestras portuguesas e também algumas importantes orquestras estrangeiras. Aluno no curso do liceu de figuras como António José Saraiva ou Jorge Borges de Macedo, foi por estes incentivado a dedicar-se à escrita literária, sendo actualmente autor de oito livros. É pai das actrizes e realizadoras Maria de Medeiros e Inês de Medeiros, e da violinista e compositora Ana Victorino D’Almeida. Marlene Sousa Ficha técnica O TEMPO E AS BRUXAS (farsa absurda) Ano: 2011 Filme de ficção de longa-metragem Duração: 1h30m Argumento, realização e produção António Vitorino D´Almeida Elenco: Sara Maria Vaz (Carolina), Miguel Leite (Boby), Dinis Ribeiro (Pacheco), Luís de Matos (Silveira), Isolina Peixoto (Dona Vanda), Olga Prats (Dona Rosa), Susana Silva (Eufémia), Jaime Costa (director do jornal), Aurelino Costa (Bugalho), Sara Vaz(Turca), Cláudia (jornalista), Miguel Monroia(Lecas o temerário)Jorge Quinta (taxista), Maria do Céu Stuve(Felícia), Maria de Deus (senhora dos bilhetes), Inês Prats (rapariga da esplanada), João Prats (rapaz dos bilhetes) e António Victorino D´Almeida (velho Antão) Direcção de fotografia e operador de Câmara Miguel Costa Direcção de som Joana Niza Braga Assistente de imagem Nelson Nascimento Assistente de Som Leonor Teles Montagem Miguel Costa Anotadora Marisa Félix 1º assistentes de produção Miguel Leite 2º assistentes de produção Sara Maria Vaz 3º assistentes de produção Mariana Victorino D´ Almeida Música António Victorino D´Almeida

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Festival de Tunas Mistas

A Tomalátuna - Tuna Mista da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha realizou nos dias 26 e 27 de abril, na cidade, o seu Festival de Tunas Mistas: II Águas de D. Leonor. 

tunas1

Universidade Sénior criou mural com 2600 cravos em croché

Inaugurada durante as cerimónias de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, a instalação “Cravos de Croché”, criada pela Universidade Sénior Rainha D. Leonor, tornou-se numa espécie de peça artística interativa, com várias pessoas a retirarem do mural alguns dos cravos.

mural1

Câmara define medalhas a entregar no Dia da Cidade

A Câmara das Caldas da Rainha vai entregar às Forças Armadas Portuguesas, nas cerimónias do 15 de Maio, a medalha de honra do município, como forma de homenagear os militares que participaram no golpe das Caldas, a 16 de Março de 1974. A título póstumo, será também atribuída a medalha de honra ao historiador João Bonifácio Serra e ao médico Mário Gonçalves.

medalhas