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“Rei Ghob” fez falsa queixa de furto

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O “Rei Ghob”, suspeito de homicídio de três jovens, vendeu uma máquina utilizada na construção civil por quinze mil euros, mas não viu o dinheiro porque o cheque que lhe deram para pagamento estava irregular. Francisco Leitão sentiu-se lesado e apresentou queixa por furto contra desconhecidos, em vez de se queixar de ter recebido um […]
Rei Ghob fez falsa queixa de furto

O “Rei Ghob”, suspeito de homicídio de três jovens, vendeu uma máquina utilizada na construção civil por quinze mil euros, mas não viu o dinheiro porque o cheque que lhe deram para pagamento estava irregular. Francisco Leitão sentiu-se lesado e apresentou queixa por furto contra desconhecidos, em vez de se queixar de ter recebido um cheque sem cobertura. Mediu mal as consequências. O Ministério Público entendeu haver matéria para acusá-lo de ter simulado um crime. O caso começou a ser julgado no Tribunal de Peniche e o arguido incorre numa pena até um ano de prisão ou multa. A história remonta a 16 de Janeiro de 2009. Francisco Leitão vendeu por 15 mil euros uma máquina giratória com pinça hidráulica e balde, com 14 toneladas. A compra foi efectuada por Mário Reis, em nome da Sociedade de Construção Mário Pereira & Filhos Lda, e o equipamento levado da sua residência, em Carqueja, Lourinhã, por uma empresa de transportes. O pagamento foi através de cheque, mas quando dois dias depois Francisco Leitão tentou levantar o dinheiro, viu-se impossibilitado porque, segundo contou, “a assinatura da titular da conta – a esposa de Mário Reis – não coincidia com a que estava no banco”. Da segunda vez que se dirigiu ao banco, a funcionária ter-lhe-á dito que aquele cheque “nem para limpar o rabo servia”, ficando o “Rei Ghob” a saber que não tinha cobertura e que o banco “estava farto de tentar contactar com a esposa de Mário Reis porque havia mais cheques na mesma situação”. Foi então que se queixou do furto da máquina. Antes de interromper a sessão para continuação no dia 30 de Maio, a juíza Vanda Miguel afirmou que Francisco Leitão ocupou meios policiais na descoberta de um crime que “sabia que não se tratava de roubo”, sublinhando que “os problemas não se resolvem com mentiras”. Desespero Francisco Leitão disse que dias antes de apresentar queixa “soube que Mário Reis e a esposa tinham fugido para o estrangeiro”. “Como o desespero era tanto comecei a entrar em pânico”, recordou Francisco Leitão, justificando que queixou-se de furto da máquina não indicando o nome de quem o lesou nem o que realmente se passou “por consideração por pessoas que conhecia há 30 anos”. Contudo, sustentou que “para mim é um roubo. Não tinha a consciência de que estava a enganar o sistema judicial”. Segundo relatou, veio a descobrir o paradeiro da máquina em instalações em Zibreira, Torres Vedras, na propriedade de João Pinheiro, uma das testemunhas de acusação, a quem Mário Reis terá vendido a máquina. Por intervenção da GNR, o equipamento foi apreendido “por medida cautelar”. Mário Reis e João Pinheiro não compareceram em tribunal. A notificação do julgamento não foi entregue ao primeiro, por não se encontrar no domicílio, enquanto que o segundo não justificou a ausência, tendo sido emitido mandado de detenção e pagamento de 204 euros de multa. “Temos de ter paciência” Este caso é anterior a Julho de 2010, altura em que Francisco Leitão foi detido pela Polícia Judiciária por suspeitas do homicídio de duas raparigas e um rapaz, com idades entre os 16 e os 20 anos, cujos corpos estão ainda por encontrar. “O processo tem de correr a sua marcha normal e ainda está em investigação”, revelou Fernando Carvalhal, defensor do arguido. “Temos de ter paciência e aguardar. Seria perturbador fazer mais comentários”, manifestou, apontando que Francisco Leitão “encontra-se bem”. O “Rei Ghob”, de 42 anos, está em prisão preventiva nas instalações do Estabelecimento Prisional em Lisboa. Francisco Gomes (texto) Carlos Barroso (fotos) Ameaçado O “Rei Ghob” alega ter sido ameaçado de morte e agredido por Mário Reis depois de apresentar queixa na GNR, o que o terá levado a ser assistido no hospital de Peniche. Relatório social “Não há confissão integral dos factos”, considerou a juíza Vanda Miguel, que pediu a elaboração de um relatório social do arguido ao Serviço de Reinserção Social. Irmã entrega gravata “Estou aqui”, gritou a irmã de Francisco Leitão, à chegada deste ao tribunal. Levava uma gravata que foi entregue ao “Rei Ghob” para usar na sala de audiências, que encheu de curiosos.

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