O Secretário de Estado da Formação Profissional, Valter Lemos, disse na passada quinta-feira, no CCC em Caldas da Rainha, que o programa Novas Oportunidades registou já adesão de 1 milhão e 500 mil portugueses, tendo feito mais de 400 mil certificações. O governante falava durante a cerimónia de entrega de 250 diplomas aos alunos que aproveitaram a Iniciativa Novas Oportunidades e concluíram o ensino do terceiro ciclo (9.º ano) e secundário (12.º) nos núcleos de Caldas e Peniche do Cenfim. Perante a presença de centenas de pessoas, Valter Lemos salientou o êxito do programa, sublinhando que em 2005, quando começou a trabalhar neste projecto, ninguém acreditava que teria um milhão e meio de pessoas inscritas. “Nós pusemos um milhão como meta”, disse o secretário de Estado, que face aos números revelados, elogiou o sucesso do programa, aproveitando ainda para enaltecer o papel de José Sócrates, que, em 2005, terá sido dos poucos que acreditaram no êxito da iniciativa. Valter Lemos apelou aos alunos que receberam os diplomas a “continuarem no seu processo de formação e aquisição de novos conhecimentos”, defendendo que “cada um dos portugueses que entrou no programa representa, também, um conjunto de novas oportunidades para o país”. Este responsável disse ainda que todos os cursos das Novas Oportunidades “são uma forma de dar a possibilidade a todos que queiram estudar”. Revelou que em 2005 havia cerca de 400 jovens em cursos profissionais em escolas secundárias no País e que hoje há cerca de 100 mil jovens em cursos profissionais em escolas secundárias. Disse ainda que em escolas profissionais havia 30 mil estudantes agora há cerca de 40 mil. “Isto significa que agora há a possibilidade dos jovens terem mais opções e de terminarem a escolas com uma qualificação”, sublinhou, acrescentando que “não precisam de sair da escola para se realizarem”, apontou. O Governante falou também do abandono escolar em Portugal, que está a reduzir a uma velocidade “enormíssima”, revelando que a redução para metade “da taxa de abandono escolar é o objectivo traçado pelo Governo até 2015, colocando assim o país ao nível dos valores médios europeus”. O secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional destacou a importância das pequenas e médias empresas (PME) estarem a apostar na qualificação dos trabalhadores como forma de melhorar o seu desempenho. Concluiu, elogiando o Cenfim, que “é um dos centros que tem apresentado trabalho no âmbito da formação com resultados muito positivos”, afirmou o governante, destacando mesmo o Cenfim como “um centro de formação de referência a nível nacional”. Foi com entusiasmo que Cristina Botas, directora dos Núcleos de Caldas da Rainha e Peniche do Cenfim chamou os alunos para receberem os seus diplomas e certificados. Destacou que o Centro de Novas Oportunidades no núcleo das Caldas da Rainha já certificou 268 pessoas (202 – 9º ano e 66-12º) tendo 1166 candidatos inscritos, destacando que “estão a cumprir as metas com a qualidade do processo e garantindo-se um acompanhamento individual dos candidatos de forma a encontrar-se a resposta adequada a cada caso”. Esta responsável revelou ainda que o Centro de Novas Oportunidades (CNO) do CENFIM do núcleo das Caldas vai começar a funcionar numas instalações novas (cedidas pela Autarquia) junto às instalações do Cenfim, com o objectivo de continuarem a crescer e a prestar um serviço de qualidade. Manuel dos Santos Rosa, presidente do Conselho de Administração do Cenfim, abriu a cerimónia, revelando que o Cenfim criou o seu próprio CRVCC-CNO e após três anos e meio, já apresenta resultados encorajadores com a certificação de 2300 pessoas ao nível do 3º ciclo de ensino básico e de 1000 pessoas ao nível da certificação do secundário. Destacou ainda que estão a procurar de ter um CNO em cada núcleo de forma “a rentabilizar a actual estrutura descentralizada do Cenfim, para que cada núcleo possa actuar para além do RVCC escolar, alargando a sua intervenção específica ao âmbito sectorial, com o objectivo de dar cobertura a todas as empresas do sector visando, não só providenciar e elevar a qualificação escolar dos activos da indústria mas também a certificação e qualificação profissional”. Nesta cerimónia de entrega de diplomas do processo RVCC e RVCC PRO organizada pelo Cenfim – núcleos de Caldas e Peniche estiveram ainda presentes José Gui, presidente da direcção da Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Eletromecânicas, Francisco Madelino, Presidente do Conselho Directivo do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Tinta Ferreira, vereador da Educação da Câmara das Caldas, Cristina Botas, e em representação do Governador Civil de Leiria o seu adjunto, Jorge Sobral. Paula Sobreiro, adulta certificada no Cenfim (RVCC Secundário), deu o testemunho da sua experiência. Marlene Sousa Secretário de Estado responde ao aumento do desemprego no Oeste Questionado sobre o aumento do desemprego na Zona Oeste, o secretário de Estado da Formação Profissional, Valter Lemos disse que “não é uma região onde a situação seja especialmente grave, em relação à média do país”, adiantando que, “tem as suas características próprias mas não se afasta muito do que é a realidade de Portugal”. Apontou que é devido à crise que existem taxas de desemprego elevadas e que a possibilidade de se conseguir ultrapassar essa situação é “com a dinamização da Economia”. Destacou que no Oeste tem “havido bons sinais, é uma região que tem tido uma recuperação do sector agrícola com mais exportação”. Referiu ainda que o país tem outros sectores em recuperação que estão representados nesta Região, como no âmbito da maquinaria e equipamento. Destacou que toda a produção que está ligada à exportação tem tido alguma recuperação, revelando que o sector dos serviços é uma “situação que está mais difícil e que não tem melhorado”. Segundo o Governante o aumento da empregabilidade em Portugal só pode ser feito com o crescimento de pessoas qualificadas. “A aposta da qualificação é fundamental, nomeadamente em Portugal, onde tem atrasos históricos significativos e que precisamos de recuperar com mais rapidez se quisermos ser competitivos”, sublinhou, acrescentando que “hoje a competitividade das economias e das sociedades faz-se através do processo de qualificação. Sabemos que os países mais ricos são os mais qualificados”.