Milhares de pessoas compareceram à Festa Branca na Foz do Arelho, num ritual que ao longo de nove edições tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, embora nem sempre os trajes sejam rigorosos. Apesar da mudança de local, do areal junto ao mar para mais perto da Lagoa, o evento não perdeu qualidade, antes pelo contrário, até neste local parece agradar mais aos que ali se deslocam. Porém, o problema da falta de casas de banho é uma situação que se arrasta ao longo das nove edições da Festa. Se por um lado na Festa Branca perto do mar haviam os bares e as casas de banho de apoio à praia, neste novo local quem sofre são os comerciantes de marisco, que na manhã de domingo se mostraram irritados com o cheiro a urina e a fezes que tiveram de limpar durante horas para se livrarem do odor. É também frequente constatar vários jovens nas zonas exteriores à festa a consumirem álcool e a fumarem haxixe ou outra substância narcótica sem que haja uma fiscalização por parte das autoridades de vigilância. A fraca iluminação potencia este tipo de ilícitos. Outro dos problemas da Festa Branca continua a ser o espaço Vip e que faz da corrida à pulseira para ter entrada no espaço e o direito a consumirem bebidas grátis uma autêntica prova de paciência para aqueles que estão no bar. Uma solução era mesmo acabar com este espaço ou com a corrida às bebidas e assim ter rentabilidade do espaço com a venda de bebidas como fazem os restantes bares fora na zona e que tinham também centenas de pessoas a aguardarem para serem atendidas. Mais uma questão para deixar de haver problemas, apesar de este ano serem mais cordiais, é a segurança do recinto, que continua a querer restringir o acesso a jornalistas e não consegue ter o controlo absoluto no pico da festa e só acaba por estorvar o acesso das pessoas. Um dos desafios da Festa Branca é também ter a capacidade de aumentar o espaço, uma vez que no pico da festa é impossível circular no seu interior e os acessos afunilam de tal forma que numa situação de emergência, poderá causar alguns embaraços à organização. Em termos de segurança uma palavra para o óptimo desempenho por parte dos voluntários da Cruz Vermelha das Caldas, pelo apoio que dão às quedas, aos cortes nos pés, aos testes de glicemias e de álcool, entre outras complicações. Apesar de tudo, a Festa Branca é um local de diversão pura e onde milhares de pessoas se reencontram na Foz do Arelho e convivem. Vários caldenses vêm de Setúbal, Leiria, Lisboa, Santarém, Estados Unidos e Inglaterra e aproveitam esta festa para conviver com os amigos e fazem da Festa Branca um local de culto. Carlos Barroso