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Cantor Beto faleceu nas Caldas deixando legião de fãs e amigos de luto

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Beto, um dos maiores cantores românticos portugueses da última década faleceu na manhã de domingo, no quarto do Hotel Central, no Largo Dr. José Barbosa, nas Caldas da Rainha. Apresentava insuficiência cardio-respiratória quando foi encontrado por um amigo caído no chão do quarto. As várias tentativas de reanimação não foram bem sucedidas. O corpo só […]
Cantor Beto faleceu nas Caldas deixando legião de fãs e amigos de luto

Beto, um dos maiores cantores românticos portugueses da última década faleceu na manhã de domingo, no quarto do Hotel Central, no Largo Dr. José Barbosa, nas Caldas da Rainha. Apresentava insuficiência cardio-respiratória quando foi encontrado por um amigo caído no chão do quarto. As várias tentativas de reanimação não foram bem sucedidas. O corpo só foi autopsiado na noite de terça-feira em Torres Vedras e será hoje, 26 de Maio, transportado para a Igreja de São Pedro, em Peniche, para as 16 horas se realizar o funeral. Um grupo de amigos do cantor está a preparar uma marcha fúnebre à entrada de Peniche, até ao cemitério Haverá velório até à hora da missa. De seu nome verdadeiro Albertino João dos Santos Pereira, de 42 anos, natural de Peniche, vivia nas Caldas da Rainha, onde era sócio do Rádio-Bar, na Colina do Sol. Na noite de sábado tinha estado no Hotel Foz Praia, na Foz do Arelho, no jantar do primeiro aniversário do Partido Pelos Animais, juntamente com outras figuras públicas como Ágata e Lena d’Água, e cantou alguns dos seus temas. “Nada fazia prever este desfecho. Ainda nem acredito e estou à espera que me entre pela porta dentro”, contou Paulo Rico, sócio de Beto, que o encontrou desfalecido. Uma lancha da Unidade de Controlo Costeiro da GNR foi buscar os pais do cantor, que tomam conta das infra-estruturas municipais na ilha da Berlenga, tendo-se deslocado à morgue do hospital das Caldas da Rainha. Marieta Santos, mãe do cantor, mostrava-se “muito debilitada e havia grande preocupação com ela, por sofrer problemas cardíacos”, revelou um amigo. Bastante acarinhado pelos fãs, Beto “cantava emoções e transportava-as para o dia-a-dia”, descreveu o radialista Paulo Romão, amigo do cantor. “Ele não era uma pessoa diferente fora do palco. Vivia as emoções que cantava”, adiantou. O álbum “Desencontros”, gravado em dueto com Rita Guerra em 2000, foi um marco importante na sua carreira e na da música portuguesa. O álbum de estreia a solo, “Olhar em frente”, lançado em 2003, vendeu mais de 50 mil cópias e foi Dupla Platina, e em 2005, o álbum “Influências”, com cerca de 30 mil exemplares vendidos, atingiu a Platina. Colaborou com vários intérpretes, o último dos quais Ménito Ramos, que era seu produtor e agente de espectáculos. Mas Beto “não era muito dado ao estrelato, mantendo-se como uma pessoa simples e acessível”, sustentou Paulo Romão. Tinha uma grande legião de fãs, que aumentou com a inclusão de várias temos seus em bandas sonoras de telenovelas. “Todos os dias era solicitado pelos fãs para autógrafos e vinham-no ao bar só para vê-lo”, relatou Paulo Rico. Na Internet, na rede social Facebook, quer no perfil do cantor e em vários grupos que entretanto foram criados – um dos quais em apenas 24 horas atingiu mais de oito mil fãs – têm sido publicadas mensagens que prestam homenagem “à melhor voz de Portugal, doce e rouca”. Um concerto em homenagem a Beto está a ser preparado pelo sócio do bar que Beto era dono nas Caldas da Rainha. Paulo Rico, do Rádio Bar, disse que “os amigos do meio musical estão a planear realizar um concerto de dimensão nacional, no Verão, provavelmente em finais de Julho, com participação de figuras do mundo da música”.   Clube de fãs   O mural de homenagem a Beto foi criado na mesma sala onde estão penduradas nas paredes imagens de Jim Morrison, Freddy Mercury, Kurt Cobain, Elvis Presley, Janis Joplin, John Lennon e Michael Jackson. Grandes nomes da música que já desapareceram, mas que estão reunidos no Memória’s Bar, em Peniche, que acolhe o ainda em formação clube de fãs do cantor português, de 42 anos, falecido domingo, vítima de uma paragem cardio-respiratória. Era ali, na terra-natal do cantor, que o clube de fãs iria ter a sua sede, por iniciativa de Paula Gonçalves, proprietária do Memória’s Bar, onde Beto costumava cantar às quintas-feiras. “Ele era muito reservado e até um pouco tímido, mas uma vez que vinha aqui com frequência convencemo-lo e pensámos em desenvolver um clube de fãs. Estávamos a criar um sítio na Internet e ‘merchandising’ ainda não oficial por causa de burocracias”, disse. “Agora ainda é cedo para pensar se vamos prosseguir com a ideia, se bem que haja clubes de fãs formados após o desaparecimento de cantores”, admitiu. Beto “ia ao palco com gosto e convidava sempre alguém para cantar com ele”, recordou Paula Gonçalves. O bar chegou a realizar um concurso de karaoke. O primeiro prémio iria ser cantar em dueto na televisão, o que ainda estava para se concretizar, mas que agora se tornou impossível. A amiga e igualmente fã do cantor contou que “muitas pessoas insistiam com ele para participar em espectáculos de solidariedade e ele nunca dizia que não, porque tinha um coração do tamanho do mundo, mas chegámos a dizer-lhe para ele acalmar o ritmo, porque tínhamos receio que abusassem da boa vontade dele e colocassem em risco a sua saúde, como se confirmou”. “Uma das causas da morte dele foi o stress e a correria louca de um lado para o outro, com noites sem dormir. Também não se alimentaria bem e são tudo factores que podem levar à situação que aconteceu”, desabafou, comentando que “acredito que o trabalho dele pode tê-lo absorvido demais e o levado abaixo”. “Havia alturas em que se mostrava cansado”, relatou a dinamizadora do clube de fãs, revelando que “às quintas-feiras quando ele se encontrava aqui para se descontrair estavam sempre a aparecer pessoas para o cumprimentar e pedirem favores para actuações”.   Francisco Gomes

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