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Foi, sem dúvida, com choque e perplexidade que Portugal e o Mundo assistiram à catástrofe que se abateu sobre a Madeira, ceifando mais de 40 vidas e deixando centenas de cidadãos nacionais sem casa, sem trabalho ou, pior, sem um familiar, amigo ou conhecido. É, em todo o caso, independentemente do sofrimento e posterior inspiradora […]

Foi, sem dúvida, com choque e perplexidade que Portugal e o Mundo assistiram à catástrofe que se abateu sobre a Madeira, ceifando mais de 40 vidas e deixando centenas de cidadãos nacionais sem casa, sem trabalho ou, pior, sem um familiar, amigo ou conhecido. É, em todo o caso, independentemente do sofrimento e posterior inspiradora recuperação dos madeirenses, factual que esta catástrofe, tendo sido natural, não poderia de modo algum ter sido evitada, tampouco, obviamente, adiada. Não ponho, evidentemente, isso em causa. Porém, apesar do acontecimento não poder ter sido impedido, o mesmo não sucede com a prevenção, que podia ter sido feita, não fosse a atroz falta de meios, e, após o infortúnio, o socorro às vítimas, que, apesar de um desempenho que honrou, indubitavelmente, as Forças Armadas e, através da Marinha, a longa tradição marítima dos portugueses, foi em muitos casos, e novamente devido aos meios utilizados, algo ridícula, totalmente distinta do que teria sido feito em caso de tragédia semelhante num país como o Reino Unido, a França, Espanha ou até mesmo os pequenos Países Baixos, cuja Marinha tem ao serviço a “Classe Rotterdam”, classe de desenho inovador que levou vários estados europeus a copiar o modelo e a construir derivados da classe para as suas armadas, como é o caso de Espanha com a “Classe Galicia” ou, futuramente, ainda que com constantes adiamentos, Portugal com os “NavPol”. Sucede no entanto que todos estes países, acima listados, dispõem, nas suas marinhas de guerra, de embarcações próprias ao apoio a populações num cenário de catástrofe como o que ocorreu na Madeira. A aquisição destes navios logísticos, ou polivalentes (NavPol), para a Armada Portuguesa tem, no entanto, sido sujeita a uma série de atrasos, complicações e mudanças de prioridades, já inerentes e quase tradicionais da forma de agir dos sucessivos governos. Estes navios, que podiam, ao contrário da fragata da Classe Vasco da Gama enviada para uma missão para a qual não foi construída, ter sido de importância fulcral e ter prestado um apoio inequivocamente significativo nos esforços de salvamento e reconstrução da Ilha e em especial do Funchal, não só não se encontravam, por total e absoluta inércia política, ao serviço da marinha como ainda nem tampouco estão a ser construídos. Esta falta de interesse do poder político pelas Forças Armadas, que se revelou agora de relevância maior devido aos trágicos acontecimentos na Madeira, que, pelo menos por algum tempo, deixou de ser a “Pérola do Atlântico”, traduz-se, em última análise, não apenas no orçamento diminuto mas também, e cada vez mais, na notória e total obsolescência dos meios por elas utilizados, facto que provou agora, em caso de catástrofe, custar vidas. No entanto, quem sabe, talvez agora, que a necessidade de modernização das FA, e, em particular, da aquisição dos “NavPol” se tornou evidente, o Governo, e especialmente o Ministério da Defesa mudem de procedimento. E agora, Sr. Santos Silva? Continuação da estratégia temerária ou reconhecimento da missão e das necessidades das Forças Armadas?    Rafael Borges Aluno do 10ºano da Escola Secundária Raul Proença

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