Computador portátil de magistrada do Ministério Público foi roubado O computador portátil de uma magistrada do Ministério Público foi roubado do interior do Tribunal das Caldas da Rainha na madrugada da passada quinta-feira. Segundo o JORNAL DAS CALDAS apurou, o furto não coloca em risco o desaparecimento de processos que estavam nas suas mãos. “Os dados estão num servidor e não se perdem”, assegurou uma fonte ao nosso jornal. O computador encontrava-se no gabinete da magistrada, situado no segundo andar. Os meliantes aproveitaram o estaleiro montado nas traseiras do edifício para as obras de remodelação em curso no tribunal, que terão encoberto a entrada. “Passaram pela vedação da obra, arrombaram a porta das traseiras e entraram”, revelou o secretário judicial, Luís Raposo. Uma vez no interior das instalações, arrombaram as secretarias dos 2º e 3º juízos criminais e violaram as gavetas das secretárias dos funcionários, tendo furtado pequenas quantias monetárias que lhes pertenciam. “No 3º juízo desapareceram algumas cartas de condução que estavam apreendidas”, apontou Luís Raposo. Do segundo andar foram roubadas três máquinas utilizadas nas obras, avaliadas em cerca de 20 mil euros. No primeiro andar foram retiradas as moedas da máquina de café, depois de cortados os cadeados. Foram ainda levadas 111 chaves de portas, cada uma no valor de 70 euros por serem certificadas. “Que déssemos conta não desapareceu mais nada. O intuito não seriam os processos, porque não foram remexidos”, declarou Luís Raposo. O assalto foi comunicado à PSP cerca das sete e meia da manhã, quando chegou ao tribunal uma funcionária de limpeza e se deparou com as portas arrombadas. Até às dez e meia o acesso ao tribunal esteve condicionado para a análise de vestígios e alguns julgamentos tiveram de ser adiados. O secretário judicial lamentou a “falta de segurança” no tribunal, defendendo que “devia ter outras condições, como alarmes, vídeo-vigilância e detectores de metais”, para além de patrulhamento permanente. Actualmente um vigilante contratado presta serviço entre as oito da manhã e as oito da noite. “Já tenho feito pedidos à Direcção-Geral da Administração da Justiça para incluir algumas destas medidas, vamos ver se agora são aceites”, disse Luís Raposo. As obras no Tribunal estão previstas estarem concluídas de modo a serem inauguradas no Dia da Cidade, a 15 de Maio. Francisco Gomes