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Assassinado e atirado por uma ravina na Serra do Montejunto

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Um homem de 36 anos foi assassinado na sua casa na noite de 17 de Novembro e para dissimular o crime o corpo terá sido colocado no carro do irmão e empurrado por uma ravina, na Serra do Montejunto, no concelho do Cadaval. A viatura terá sido incendiada antes e a vítima ficou carbonizada. O […]
Assassinado e atirado por uma ravina na Serra do Montejunto

Um homem de 36 anos foi assassinado na sua casa na noite de 17 de Novembro e para dissimular o crime o corpo terá sido colocado no carro do irmão e empurrado por uma ravina, na Serra do Montejunto, no concelho do Cadaval. A viatura terá sido incendiada antes e a vítima ficou carbonizada. O corpo de Luís Manuel Faustino Fernandes foi descoberto no interior de um BMW cor cinza que se despenhou por um precipício, na curva do Furadouro, numa estrada florestal entre Abrigada e Pragança. O alerta foi dado pouco depois da meia-noite de 18 de Novembro para a secção de bombeiros de Abrigada (Alenquer), tendo os meios de socorro sido reforçados pela corporação do Cadaval. “A viatura caiu ao longo de cerca de 50 metros e deve-se ter verificado uma explosão e consequente incêndio. Apesar do acesso difícil, conseguimos rapidamente apagar o fogo, mas quando chegámos ao carro estava um cadáver completamente carbonizado”, relatou o comandante dos bombeiros do Cadaval, José Caetano. O combate ao incêndio e o apoio às operações de perícia foram assegurados por 23 bombeiros e oito viaturas das corporações do Cadaval e Abrigada. Para o corpo ser retirado, os soldados da paz tiveram de usar uma maca adequada, puxada por cabos, com a qual içaram o cadáver até ao topo da falésia. Facturas encontradas na borda da estrada, junto ao precipício na Serra do Montejunto, ajudaram a identificar o corpo carbonizado. Na manhã seguinte a equipa científica da Polícia Judiciária efectuou perícias no local e à tarde outra equipa de inspectores esteve na vivenda da vítima a recolher provas, nomeadamente vestígios de sangue, espalhadas por todo o pátio. O acesso de carros e pessoas à povoação de Vale Ceisseiro foi condicionado pela PJ, para não perturbar as perícias na casa da vítima, situada logo à entrada. A investigação admite a forte possibilidade de Luís Fernandes ter sido morto em casa e depois atirado dentro do carro pela falésia da Serra do Montejunto. Devido às fortes suspeitas, o corpo foi autopsiado no Gabinete Médico-Legal de Lisboa. Estava a divorciar-se Luís Fernandes, natural de Casal da Bica, Benedita, residia em Vale Ceisseiro, Azambuja, e era carpinteiro na serração “José Rafael”, de Rio Maior, onde trabalhava desde Setembro de 1999. Estava casado há doze anos com Célia Ferreira, de 33 anos, de quem tinha uma menina de dez anos, mas desde Março de 2007 que já não vivia com a esposa nem com a filha, devido ao processo de divórcio litigioso em curso. Alguns amigos da vítima contactados pelo JORNAL DAS CALDAS manifestaram que Luís Fernandes “era uma pessoa humilde” e de quem só ouviam lamentos quando se falava no escasso período de tempo que supostamente lhe era permitido estar com a filha. “Fiquei em estado de choque. Estou apática”, afirmou Célia Ferreira, a esposa de Luís Fernandes, adiantando que “a GNR de Aveiras de Cima ligou-me de manhã a dizer que tinha havido um acidente e que era preciso ir ver o carro”. “Não sei se o corpo é do Luís e estou no completo desconhecimento do que se terá passado”, referiu, quando confrontada com a série de pesquisas efectuadas pela PJ. “Andaram a ver o chão todo à volta de casa. Não entraram porque eu não tenho a chave. Acho estranho e não sei o que estão a insinuar”, manifestou. No conjunto de perícias efectuadas pela PJ, foi também analisado o carro em que se fazia transportar a esposa e que estava dentro da garagem da casa da mãe. Apesar de se queixar de ter sido posta fora de casa e de se estar a divorciar, Célia Ferreira não deixava de acompanhar a vida do cônjuge, uma vez que foi morar para a casa da mãe, nas imediações. “Ultimamente ele não andava com boas companhias”, sustentou. Ambos detinham ainda um apartamento nas Caldas da Rainha. Nesta cidade, Célia Ferreira frequenta um curso de formação profissional. Irmão ajuda PJ O irmão do carpinteiro acredita que haja mais do que uma pessoa envolvida no homicídio. “Havia muito sangue espalhado no hall de entrada da casa e dá ideia que tentou fugir pelos vestígios espalhados pelo pátio, passeios e debaixo de uma árvore. Houve uma luta muito grande e não era só um indivíduo. Alguém imobilizou-o e deixou-o inconsciente e depois matou-o ou cometeu o crime na residência”, relatou Fernando Faustino. “Tinha estado a jantar com ele e depois ele levou o meu carro. Terá chegado a casa por volta das onze da noite e o crime aconteceu logo a seguir, porque o carro foi descoberto incendiado na Serra do Montejunto pouco depois da meia-noite”, indicou. “Quem atirou o carro pela falésia estava acompanhado, porque não saía do local a pé”, comentou Fernando Faustino. “Tenho andado a ajudar a Polícia Judiciária para encontrar os criminosos. Quero que seja feita justiça”, manifestou o irmão de Luís Fernandes. Fernando Faustino desmentiu entretanto que a viúva tenha sido posta fora de casa por Luís Fernandes, como ela contou, alegando que “saiu de casa por livre e espontânea vontade e não foi obrigada”. Negou também que o irmão andasse com “más companhias”, como a viúva descrevera. A Polícia Judiciária voltou a interrogar a viúva e o seu irmão, um agente da PSP da Amadora, antes do funeral, ocorrido na passada sexta-feira, na Benedita. Mais de três centenas de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre e o sentimento de luto não escondeu a vontade de que a Polícia Judiciária coloque rapidamente atrás das grades os autores do crime. O irmão da vítima, com a fotografia de Luís Fernandes nas mãos, fez-se rodear de amigos do carpinteiro, que ao longo de um quilómetro efectuaram o percurso desde a capela mortuária, onde se realizou uma missa. A viúva também esteve presente. Francisco Gomes

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