Alunos finalistas montaram linha de produção automática Os 11 alunos finalistas do curso tecnológico de Electrotecnia e Electrónica da Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, defenderam no dia 17 de Julho as suas Provas de Aptidão tecnológica, dando assim por concluídos os seus percursos de nível secundário. Nestas provas, os alunos demonstraram os projectos que realizaram durante o ano lectivo, perante um júri de avaliação composto por entidades exteriores à escola. Do júri fez parte Almerindo Almeida em representação da AIRO, Fernando Leão, professor do curso, e Luís Lacerda, engenheiro ligado ao mercado de trabalho na área da energia. Os alunos montaram uma linha de produção automática, utilizando o material que foi fornecido pela Farmácia Perdigão, que desmontou o sistema automático que tinham e ofereceu-o à Escola. Os estudantes montaram todo o equipamento e criaram uma linha de montagem de uma fábrica, que enche garrafas. Individualmente ou em pequenos grupos, os alunos trabalharam as diferentes áreas da linha de produção automática, criando a secção da rotulagem de uma garrafa, detecção de defeitos da mesma e o enchimento da garrafa, “uma combinação entre autómatos, variadores e central de ar comprimido”. Ricardo Puga criou um sistema de estacionamento vertical, que, segundo este aluno, é utilizado no Japão desde 1960. Segundo Almerindo Almeida, “o nível dos trabalhos dos estudantes é muito bom e demonstra o talento deles na concepção de todos o sistema à realização do relatório final”. Este responsável também focou a importância da troca de experiências entre as empresas e as escolas. Ivone Franqueira, directora do Curso de Electrotecnia e Electrónica da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, referiu que estes 11 estudantes concluíram recentemente o estágio profissional de fim de curso em várias empresas e instituições da região das Caldas da Rainha. Segundo esta responsável, ao longo do estágio os alunos tiveram a oportunidade de contactar com situações reais de trabalho e o desenvolvimento de competências técnicas importantes para a qualificação profissional a adquirir no final de curso. Alguns dos estudantes acabaram por arranjar trabalho na empresa em que fizeram o estágio. Rodrigo Constantino, residente no Vimeiro, Alcobaça, estagiou na empresa Alferpac, na Benedita, e já assinou o contrato de trabalho. Para Ivone Franqueira, a realização do estágio profissional é uma excelente oportunidade para os alunos finalistas destes cursos viverem situações reais do mundo do trabalho e para potenciarem os conhecimentos e as competências adquiridas ao longo dos três anos de duração do curso de nível secundário. De acordo com a responsável, no final destes cursos os alunos ficam habilitados a entrar no mundo do trabalho e a iniciar uma carreira profissional mas, se pretenderem, poderão também prosseguir os estudos a nível superior. O Curso Tecnológico de Electrotecnia e Electrónica tem por objectivo a formação de profissionais capazes de desempenhar variadas funções em áreas como o abastecimento de energia, a produção industrial e a manutenção e reparação de equipamentos eléctricos e electrónicos. Este curso habilita o aluno com um conjunto de saberes nos domínios da estrutura, produção, transporte, distribuição e utilização da energia eléctrica, das propriedades e características dos materiais, componentes e circuitos eléctricos e electrónicos, bem como dos respectivos esquemas e processos tecnológicos que lhes são inerentes; proporciona também o conhecimento de normas e princípios de protecção de equipamentos e pessoas, assim como das regras de higiene, segurança e saúde no local de trabalho. Marlene Sousa