“A responsabilidade da violência nas escolas é partilhada” Foram aprovados no passado sábado em Peniche os estatutos de uma nova confederação de pais, que marca a ruptura com a organização existente – CONFAP – a quem acusa de pactuar com desvios de verbas, e assume críticas à política educativa do Governo. Reunindo as Federações Regionais de Associações de Pais de Lisboa, Leiria e Viseu, e as associações concelhias de Sintra, Vila Franca de Xira, Peniche, Alcobaça e Marinha Grande, a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) “representa 600 associações de pais”, assegurou a porta voz da nova entidade e presidente da Federação Regional das Associações de Pais de Viseu. A nova confederação de pais quer afirmar-se como “alternativa” à CONFAP, a quem Maria José Viseu acusa de irregularidades eleitorais e de deixar impune uma federação cujo tesoureiro terá desviado verbas. “Num processo conturbado com anulações de assembleias, eliminação dos cadernos eleitorais de associações de pais, instauração de um processo disciplinar à Federação de Viseu e à Associação de Pais Inês de Castro de Coimbra, tudo foi sendo feito para se chegar à eleição dos actuais órgãos sociais da CONFAP”, denunciou Maria José Viseu. “Continuamos sem entender porque se instaura um processo disciplinar a estruturas de base só pelo facto das mesmas pensarem de maneira diferente e não se faça nada relativamente a uma federação cujo representante faz um desfalque de 60 mil euros em quatro meses de mandato e que continua a deter o cargo de tesoureiro”, manifestou a porta-voz da comissão directiva provisória da CNIPE. A responsável, que também presidiu à CONFAP em 2006 e 2007, disse ainda que as federações se vão desvincular da CONFAP porque “é esta dicotomia e esta forma de estar no movimento associativo de pais que não nos revemos”. Mas a CNIPE sublinha que “são sobretudo as questões de politica educativa que nos diferenciam e separam”, nomeadamente as diferenças de posicionamento relativas ao estatuto do aluno e ao debate sobre a autonomia e gestão das escolas. “As escolas só deixarão de ter indisciplina e insucesso se se repensar o número de alunos, o rácio dos auxiliares de acção educativa, os apoios educativos e a colocação de outros técnicos em apoio às escolas”, declarou Maria José Viseu, rejeitando os resultados de uma sondagem divulgados na semana passada que apontam que mais de metade dos inquiridos – 59,7% – atribui responsabilidades pela violência nas escolas aos pais dos alunos. “A responsabilidade é partilhada, porque a tutela também tem responsabilidade”, comentou. A CNIPE mostrou-se entretanto preocupada com a entrada “num período crucial para todos os nossos filhos e educandos (exames e provas de aferição)”. “Gostaríamos que este ano se não repetissem os erros do ano transacto”, alertou Maria José Viseu. A nova confederação vai pedir audiências ao Presidente da República e grupos parlamentares para expor as suas preocupações. Francisco Gomes
Nova confederação de pais reuniu em Peniche

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