Os agricultores vão manifestar-se na região Oeste em fevereiro contra a extinção das Direções Regionais de Agricultura (DRA) e sua integração nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) é quem prepara os protestos. Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, explica que “a extinção das DRA foi a faísca que acendeu o rastilho para esta mobilização nacional, que começa a 26 de janeiro, e que não tem data prevista para acabar. Iremos assistir a uma onda nacional de protestos e manifestações por parte dos agricultores, porque rejeitamos ser espetadores passivos do colapso do Ministério da Agricultura e da desvalorização do mundo rural”.
Eduardo Oliveira e Sousa critica que o Ministério “foi incapaz de se bater por apoios ao setor no decurso da pandemia, inoperante na execução do Portugal 2020 com mais de 1.200 milhões de euros por executar, ausente em apoios durante a seca severa que o país atravessou, que anuncia pagamentos e reiteradamente incumpre prazos por si estabelecidos, omisso em medidas capazes de mitigar o aumento brutal dos custos da energia e dos combustíveis e que ainda não operacionalizou apoios financeiros decorrentes da guerra na Ucrânia e já aprovados por Bruxelas”.
“A integração das competências das DRA nas CCDR lesa a agricultura portuguesa”, para além de ser feita “à revelia do setor, sem explicações ou fundamentação”, vincou.
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