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Presidente da Câmara do Cadaval espera concluir em 2023 Centro Social e Cultural

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Câmara vai no início do ano apresentar o novo site e a nova identidade visual da marca do Município.
José Bernardo Nunes deseja a todos os munícipes um próspero Ano Novo

Câmara vai no início do ano apresentar o novo site e a nova identidade visual da marca do Município.

JORNAL DAS CALDAS –  O presidente da Câmara do Cadaval, o social-democrata José Bernardo Nunes, voltou a ganhar as eleições autárquicas em 2021. Quando e como nasceu o gosto pela política?

José Bernardo Nunes – Sempre tive uma simpatia pelo PPD/PSD e fui convidado para integrar a lista da Assembleia Municipal (AM) do Cadaval, depois disso nunca deixei de fazer parte da AM e, em 2001, surgiu o convite para integrar a lista candidata à Câmara Municipal, em que ganhámos com Aristides Sécio.

Entretanto já são mais de vinte e cinco anos na política ativa e continuo com o mesmo sentimento de quando me envolvi na política pela primeira vez, sempre a tentar fazer alguma coisa pela minha terra e pelo meu concelho, de forma a contribuir para a melhoria das condições de vida da nossa população.

J.C. – Há pouco mais de um ano, no novo mandato? O que foi mais difícil e qual a maior alegria?

J.B.N. – Diria que o que é mais difícil nestes cargos é a distância que vai da ideia e da vontade de fazer uma determinada coisa até à sua concretização.

Raramente conseguimos que as coisas andem ao ritmo que desejamos, ou porque as candidaturas aos fundos não estão abertas, ou porque determinado organismo ainda não respondeu ou deu parecer sobre determinada questão, ou, agora mais recentemente, o concurso da obra ficou deserto e não apareceu nenhum orçamento.

Podemos ainda acrescentar a situação de impotência para conseguir que o Governo resolva os problemas da saúde no concelho, que dia-a-dia se agravam devido à quase total ausência de consultas médicas e que parecem não ter solução à vista.

Obviamente tudo isto tem vindo a ser agravado pela inflação, em que o valor real supera em muito os valores estatísticos que nos são apresentados.

A maior alegria é podermos fazer a diferença na vida das pessoas melhorando-a, seja com uma pequena obra de proximidade, como uma melhoria de acessibilidade, uma grande obra de utilização coletiva, como o futuro Centro Social e Cultural do Cadaval, ou uma medida de ação que ajude as famílias a enfrentar as dificuldades económicas a que estão sujeitas, como a redução do IMI e do IRS.

J.C. – Optou por uma política de continuidade?

J.B.N. – Sim, no entanto, temos vindo a adaptar as respostas em função das necessidades que vão surgindo.

Hoje, é tudo tão dinâmico, seja economicamente seja socialmente que é difícil ter uma política “de continuidade”, temos de nos estar sempre a adaptar. Mas no geral sim, mantenho o rumo traçado inicialmente.

J.C. – Quais são as marcas fortes do Orçamento para 2023?

J.B.N. – Também no orçamento para 2023 mantemos o rumo traçado desde o início da minha gestão, continuar a investir aproveitando sempre todos os financiamentos possíveis, não aumentar a dívida do município e manter uma folga orçamental que nos permita, como nos permitiu durante a pandemia, apoiar aqueles que estão em maiores dificuldades, sejam eles as famílias ou mesmo instituições.

Exemplo disso é o projeto que temos em curso, cujo lema é “uma casa para quem precisa”, através do programa de apoio ao acesso à habitação “1.º Direito”, que visa dar condições de habitação dignas para os casos identificados no concelho.

J.C. – – Daqui a 4 anos como é que espera ver o Cadaval?

J.B.N. – Bem, o mundo está cada vez mais imprevisível, mas no que depende da autarquia, o que se espera é um concelho moderno, com todas as infraestruturas atualmente exigidas, que responda às necessidades da população.

Nesse sentido, espero que o concelho fique mais atrativo para quem quer investir ou residir, é para isso que a autarquia está a investir e a planear o futuro.

J.C. – Aguarda-se que 2023 seja um ano muito difícil. Depende dos efeitos da guerra, depende de a inflação começar a descer ou não crescer, depende da resolução dos problemas da energia e do custo da energia. Qual a sua análise para o ano novo?

J.B.N. – De facto estamos todos muito apreensivos com o próximo ano 2023, por isso, como já referi antes, mantemos uma folga orçamental para aquilo que possam ser “surpresas” financeiras a que tenhamos de responder.

No que respeita ao orçamento, estimámos para cima, ou seja, contamos com valores acima da média naquilo que são os encargos com energia, combustíveis, entre outros.

Mas o que me preocupa, para além da inflação, é a subida das taxas de juro, que têm um impacto enorme no rendimento das famílias e o abrandamento da economia que pode fazer aumentar o desemprego. Nomeadamente pelo facto de os aumentos dos ordenados, inclusivamente os públicos, estarem muito abaixo da inflação com acentuada perda do poder de compra.

J.C. – Num cenário económico mais negativo em 2023, já tem algumas medidas pensadas para ajudar a população e empresas do Cadaval?

J.B.N. – Desde setembro que temos vindo a implementar algumas medidas de apoio que terão um impacto positivo nas famílias em 2023, como o abaixamento da taxa de IMI e a manutenção do IMI familiar, pois já se adivinhava que o próximo ano pudesse vir a ser um ano difícil para todos.

Para além disso, temos mantido medidas que já vinham da situação de COVID, como a ajuda alimentar a agregados familiares com mais dificuldades e também para o comércio local, como a isenção de determinadas taxas relacionadas com o seu funcionamento. Mas estaremos atentos e estamos disponíveis para adaptar as políticas sociais, caso seja necessário.

J.C. –  Como é a saúde financeira da autarquia?

J.B.N. – Como já expliquei, temos as contas controladas com base num orçamento que reflete bem a nossa realidade e que permite continuar com os investimentos programados. Por isso, a nossa situação económica pode ser considerada como boa.

J.C. – Cadaval está na linha da frente da pera Rocha e do Vinho Leve. Como é que a crise vai afetar estes setores?

J.B.N. – Neste momento e do que tenho conhecimento, continua a haver procura e consumo destes produtos e isso é positivo.

Agora o facto de estes setores terem sido onerados com encargos muito acima do normal na última campanha, pode ter algum impacto na produção e isso deixa-nos apreensivos.

Quer na crise económica de 2011, quer na pandemia, o setor agroalimentar praticamente não foi afetado e, no caso concreto do vinho, até houve um aumento do consumo, nas peras também não houve nenhum problema com as vendas, por isso estou em crer que não serão afetados nesse aspeto.

J.C. – No primeiro semestre o Ministro da Saúde vai decidir e divulgar a localização do novo Hospital do Oeste. Onde é que defende que a unidade seja construída ou para si é importante que seja uma realidade independente da localização?

J.B.N. – Embora seja unânime a necessidade urgente de um hospital em condições para servir o Oeste, não deixa de ser curioso que o que neste momento mais nos afeta é mesmo a falta de médicos, nomeadamente a falta de médicos de família e a impossibilidade de se conseguir uma consulta.

Quanto ao hospital do Oeste, julgo que a localização é o que menos importa. O que importa é: Que hospital vamos ter? Que respostas vai dar? Quando é que estará pronto? Isso sim, é o que interessa.

Agora, há uma certeza que tenho, o futuro hospital terá de estar sempre entre os dois núcleos com mais população da região, ou seja, entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, por isso o Cadaval nunca ficará a perder com a questão da localização.

J.C. – O que deseja para o Cadaval em 2023, ou seja, qual a grande novidade no ano novo no Cadaval? 

J.B.N. – Não teremos propriamente “novidades”, mas espero concluir o Centro Social e Cultural do Cadaval e colocá-lo ao serviço da população, o que será muito oportuno dada a atual situação económica e social, embora o que vá acontecer seja uma concentração de serviços que hoje se encontram dispersos pela Vila.

Também me deixará muito satisfeito poder finalmente realizar a obra de requalificação da rua 13 de Janeiro, que se arrasta há anos e que agora foi adjudicada.

Já no início do ano iremos também apresentar o novo site e a nova identidade visual da marca do Município, de modo a nos adaptarmos a novas formas de interação entre os munícipes e visitantes, bem como aos novos formatos de comunicação, nomeadamente às redes sociais.

J.C. – Mensagem de Feliz Ano Novo à população do Cadaval?

Faço Votos um próspero Ano Novo 2023 para todos! Bem hajam!

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