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Morreu o último sobrevivente da fuga do forte de Peniche

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Jaime Serra, o último sobrevivente da fuga do forte de Peniche, resistente antifascista e líder da luta armada do PCP, morreu no passado dia 9, aos 101 anos.

Jaime Serra, o último sobrevivente da fuga do forte de Peniche, resistente antifascista e líder da luta armada do PCP, morreu no passado dia 9, aos 101 anos.

Nascido em 22 de janeiro de 1921, em Alcântara (Lisboa), militante comunista desde os 14 anos, foi “um dos mais destacados dirigentes do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, contra o fascismo, pela liberdade e a democracia”, manifestou o Secretariado do Comité Central do partido.

Foi preso pela primeira vez aos 15 anos, por estar na posse do jornal Avante! e é espancado no Governo Civil de Lisboa. A segunda foi em 1949, sendo levado para a cadeia do Aljube e torturado durante meses. Depois, foi transferido para o forte de Peniche. A 3 de novembro de 1950 foge da prisão. Quatro anos depois voltaria a ser preso, desta feita em Caxias. Acabou por fazer um molde da chave de uma porta com sabão, depois produziu-a e fugiu. Em março de 1956, volta a fugir. Outros dois anos volvidos e volta a ser preso. A 3 de janeiro de 1960 é um dos dez comunistas que participam na célebre fuga de Peniche, entre os quais Álvaro Cunhal).

A fuga representou uma humilhação para Salazar e determinaria, dentro do PCP, em março de 1961, a confirmação de Álvaro Cunhal como secretário-geral do partido.

Foi um dos responsáveis pela criação e direção do braço armado do PCP, a ARA (Ação Revolucionária Armada), que funcionou de 1970 a 1973 sem derramamento de sangue.

O primeiro atentado, em outubro de 1970, foi inoperacionalizar com três bombas um navio atracado na doca de Alcântara, que estava ao serviço do esforço logístico da guerra colonial (transporte de armamento). A operação foi bem-sucedida, o navio ficou alagado e imobilizado.

Sempre com o cuidado de não provocar mortes para não suscitar censura popular, a ARA realizaria outras operações. A mais espetacular terá sido, em março de 1971, a destruição de dezenas de aviões e helicópteros militares na Base Aérea de Tancos.

Depois do 25 de Abril, Jaime Serra foi deputado na Assembleia Constituinte. Até 1983, é eleito deputado na Assembleia da República.

Escreveu ainda vários livros sobre a sua vida, entre os quais “As explosões que abalaram o fascismo” e “12 Fugas das Prisões de Salazar”.

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