A cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos nas Caldas da Rainha ficou ainda marcada pela intervenção aplaudida do presidente da Câmara cessante, Tinta Ferreira, que deixará funções executivas na autarquia depois de mais de 25 anos de exclusividade como adjunto do presidente, vereador, vice-presidente e nos últimos 8 anos como presidente.

“Sem prejuízo de não ter feito naturalmente tudo bem”, no seu discurso fez um balanço da atividade, que considera ser “francamente positivo”.

Recordou alguns dos marcos atingidos, como “o projeto educativo que atingiu patamares de excelência, o ecletismo desportivo que nos tornou referência, a regeneração urbana, a substituição da rede de águas e esgotos, a valorização comercial, o regresso dos grande eventos que reafirmaram a marca Caldas, as repavimentações, a melhoria das infraestruturas de saúde nos cuidados de saúde primários, o reforço dos apoios às associações e às Juntas de Freguesia, a valorização cultural que nos permitiu atingir o estatuto da Cidade Criativa da Unesco e a reabertura da atividade termal num processo de valorização do património termal que, com coragem foi assumida pelo município”.

Tinta Ferreira lembrou ainda que foi o presidente de Câmara a quem calhou enfrentar a terrível doença pandémica. “O enorme esforço que pusemos nesta luta surreal contra este vírus teve o seu efeito, como o número de casos abaixo da média nacional o comprovam”, vincou.

O agora vereador revelou que entregou a autarquia “com a carga fiscal municipal mais baixa do Oeste e com um saldo de tesouraria na Câmara de 7,5 milhões de euros e nos Serviços Municipalizados de 4,4 milhões de euros, que dá um saldo consolidado de 12 milhões de euros”. Adiantou ainda que a autarquia tem “uma dívida baixa, das mais baixas do país por cidadão, num valor inferior a 4 milhões de euros”.