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Requalificação na Foz do Arelho aproxima bares do areal

Mariana Martinho

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O projeto de requalificação da zona marítima e lagunar da Foz do Arelho, que visa há vários anos a requalificação da margem da Lagoa, desde a Avenida do Mar até à zona do cais e parque de campismo, e que prevê a deslocação dos bares, que estão na Avenida do Mar para mais perto do areal, foi apresentado no passado sábado, no âmbito do 12º aniversário de elevação da Foz do Arelho a vila, data essa que justificou a realização da reunião. Esta proposta de intervenção, que é considerada “estruturante para a vila”, terá um investimento de cerca de oito milhões de euros, mas só avançará caso para tal haja fundos comunitários.
Proposta prevê a deslocação dos bares que estão na Avenida do Mar para mais perto do areal

A proposta de dar uma nova “cara” à frente marítima e lagunar da Foz do Arelho é “algo pensado e necessário realizar há muitos anos, e que também resulta da exigência das autoridades do ambiente na tentativa de libertar a zona da encosta e reorganizar a zona do cais”, explicou o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, no início da apresentação da proposta de projeto de requalificação, que decorreu no Inatel.

Durante anos, a autarquia aguardou pela iniciativa ou qualquer financiamento que fosse promovido para avançar com o projeto, contudo, “percebemos que só teríamos algum tipo de apoio financeiro se houvesse a criação de um anteprojeto”, avançou o autarca.

Nesse sentido, a autarquia abriu um concurso público para a realização do anteprojeto, que foi adjudicado há cerca de três anos, no valor de 100 mil euros, com intuito de mais tarde ser candidatado a fundos comunitários, e assim “poder-se finalmente fazer a obra necessária para a requalificação dos espaços”. Pelo menos é essa a intenção da autarquia, que pretende ali avançar com um investimento que ascende aos oito milhões de euros, caso para tal haja fundos comunitários.

Este projeto teve de ser articulado com várias entidades, nomeadamente a Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), que detinha a tutela da zona da avenida da Marginal, de forma a “construir algo, que mais tarde não fosse rejeitado”, e para que também permitisse encontrar soluções alternativas, “no caso de não conseguirmos financiamento”.

Neste momento, “o projeto ainda não está aprovado, mas à partida sabemos que tem um bom acolhimento por parte da APA”, sublinhou o autarca, não avançando ainda com uma data concreta para o início da obra. No entanto, existe o objetivo de “na melhor das hipóteses iniciar em 2024/25”, se houver financiamento comunitário.

Para Tinta Ferreira, “esta intervenção vai procurar conciliar a atividade económica da vila com a questão ambiental, bem como respeitar os direitos e as expetativas da população, e ainda aumentar a qualidade da oferta das infraestruturas de apoio aos vernantes, tornando-se assim num espaço mais atrativo para as pessoas”. Para isso, “é necessário dar um novo salto qualidade à Foz do Arelho para permanecermos atrativos”, apontou, destacando que esta obra também complementará o esforço de requalificação importante, que está a decorrer um pouco por todo o concelho, bem como o processo de desassoreamento que vai iniciar este mês, no valor de cerca de 15 milhões de euros.

“Estamos a pensar naquilo que será a Foz do futuro”

Presente na sessão também esteve o vereador da Reabilitação Urbana e do Turismo, Hugo Oliveira, que começou por referir “que discutimos este tempo todo com as entidades para permitir a criação de um projeto que vá ao encontro das expetativas de todos”. Nele, a autarquia teve em conta a necessidade de dividir todos os fluviais que vêm da encosta, através da criação de várias entradas na lagoa de forma diferente. Ao mesmo tempo prevê que os bares, que estão instalados na arriba artificial da Avenida do Mar sejam deslocados para junto do areal, com o estacionamento localizado nas suas traseiras.

“O objetivo é que seja criado um desvio do eixo da via da marginal para garantir, que o calçadão possa ter também mais do que os 35 centímetros de elevação, e os bares, por sua vez possam estar virados para a praia”, explicou o vereador, destacando que os mesmos contam atualmente com licenças provisórias concedidas pela autarquia até que o projeto entre em funcionamento.

Já os dois restaurantes existentes na avenida do Mar contarão com uma posição diferente dos bares e estruturas amovíveis.

A zona do cais, que está interdito, deverá dar lugar a uma praça de contemplação e concentrar ainda de forma organizada os quiosques, mariscadores e bancas de vendas de frutos secos. Além disso também vai incorporar um espaço dedicado aos serviços de investigação e desenvolvimento da lagoa, através dos produtos.

Na zona do antigo parque de campismo está previsto criar um espaço verde para ser “usufruído o ano inteiro”, em que as construções ali existentes serão readaptadas aos projetos que se pretendem para o espaço. “Este espaço verde é de facto fundamental para que as pessoas sintam que estão num espaço de vivência social, e quem sabe trazer de volta a noite à Foz do Arelho”, frisou o autarca, destacando

mais uma vez, “que este é um projeto estruturante para a Foz do Arelho, pois estamos a pensar naquilo que será a Foz do futuro”.

Pedro Mendonça, arquiteto responsável pelo projeto “Requalificação da Zona Marítima e Lagunar da Foz do Arelho”, explicou que este está subdividido em dois, de modo a permitir que “a sua construção seja faseada ou em conjunto”.

O primeiro, que contempla toda a Avenida do Mar, prevê uma redução dos lugares de estacionamento junto à praia de 500 para 332, sendo criadas duas bolsas de estacionamento na zona envolvente do cais de 1020 lugares, de forma “a compensar os lugares retirados na avenida do mar”, frisou o responsável, que pretende manter o número de quiosques existentes na Avenida do Mar.

No que diz respeito aos bares, o projeto prevê reposicioná-los e construir novos equipamentos, visto que “os mesmos são obrigados a ter para funcionamento um apoio de praia, simples ou completo”. Nesse ponto, “vamos ficar com uma área exemplar no assistencialismo”, sustentou o arquiteto, adiantando que “esta mudança dos bares vai permitir um reperfilamento da própria avenida para podermos ter um calçadão com 14 metros de largura, onde possamos integrar uma ciclovia e outras formas de mobilidade”. “Ou seja, vai ser um espaço de excelência para passear e andar”, apontou.

A intervenção pretende manter o atual pavimento e “avançar os cinco apoios de praia sobre o areal em dois metros”. Igualmente disse que “todos esses apoios de praia e restaurantes deviam de ter uma linguagem semelhante, ou pelo menos ter uma coerência de imagem”.

A avenida terá “um sentido para cada lado”.

Na segunda fase está prevista a reabilitação da zona do cais, a criação de um parque de lazer, zona para encostar os barcos, um anfiteatro e ainda a reconstrução de edifícios já existentes. “Vamos criar uma grande praça onde estarão instalados doze espaços, com quiosques de mariscadores e pontos de venda, uma premissa do Plano de Ordenamento da Orla Costeira”, referiu.

Em substituição dos sete bares que arderam no cais da Foz do Arelho serão criadas quatro unidades com a mesma linguagem e espaço de esplanada. A construção destes bem como dos outros da avenida serão custeados pelo município, que pretende renovar as concessões válidas pelo menos por uma década.

Neste momento encontra-se em discussão a identificação de um espaço para colocar as autocaravanas, embora neste projeto não esteja prevista a construção de um parque de caravanas. “Estamos na tentativa de negociação para levar esta atividade para mais perto da estrada, nomeadamente do polidesportivo”, esclareceu o presidente da Câmara.

Na sessão, onde estiveram presentes vários fregueses da vila, o presidente da Junta de Freguesia da vila, Fernando Sousa, destacou o facto de o projeto estar neste ponto, esperando que independentemente dos resultados das próximas eleições eleitorais, “haja o compromisso para que esta obra se concretize”.

As comemorações de elevação a vila contemplaram também a reabertura do parque infantil remodelado e continuaram à noite com a banda Bico d’Obra e o camião-palco a circular pela freguesia.

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