Recordo o entusiasmo e algazarra com que turistas nacionais e estrangeiros reagiam, nos anos 50 e 60 do século XX, na loja do meu vizinho da frente Aires Constantino Leal, ao ver pela primeira vez tal bizarria.
Outro episódio, que relembro com saudade, passava-se com a minha vizinha do lado Maria Helena Moreira, cuja memória saúdo respeitosamente. Respondia aos clientes que grosseiramente pediam “um c.. das Caldas!”, “aqui só embrulhado!”. E lá os colocava, a contragosto, em cima do balcão, alinhados por tamanhos, embrulhados em papel azul claro, atados com cordel, sem, no entanto, conseguir esconder a forma bem notória do “pai da humanidade”.
Dizia-me o ceramista Herculano Elias (Caldas da Rainha 1939-2015) que a célebre lembrança das Caldas terá sido criada na oficina de Manuel Mafra, a solicitação de El-Rei D. Luís para “divertir as senhoras!!??”. Na minha coleção tenho um exemplar “arcaico”, eventualmente do século XIX, não marcado.
Canecas com “malandrice”, marcadas, só conheço uma, de José Alves Cunha Sucessor e outra de João Arroja, esta com tampa e pega em forma de glande (bolota) e o pequeno falo decepado pelo tempo.
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